O Resgate – O Dia de Redenção acerta no tom político, mas erra nas cenas de ação, porém consegue ser eficiente na missão de entreter. Confira a crítica completa do filme que acaba de chegar nas plataformas NOW, Looke, Vivo Play, Google Play, Microsoft e iTunes. Além de estrear na Netflix
O militar Brad Paxton (Gary Dourdan) retorna aos Estados Unidos como um herói de guerra, após salvar colegas durante a invasão à Síria. Ele ainda sofre com os traumas do confronto, quando sua esposa, uma arqueóloga famosa (Serinda Swan), é sequestrada por terroristas entre o Marrocos e a Argélia. Brad precisa retornar à África para salvá-la.
O longa dirigido por Hicham Hajji (Depois do Apocalipse) traz uma narrativa comum ao cinema, afinal, quando filmes não vemos um homem apaixonado fazendo de tudo para trazer a amada com vida, de volta? A diferença aqui é que temos uma missão de resgate no meio do Marrocos.
A história conhecida também é carregada de clichês dos homens fortes e ‘poderosos’, pois eles resolvem as situações com facilidade. E ainda fazem isso sem tomar um tiro ou suar. O roteiro escrito pelo diretor usa tudo isso, porém ele busca mostrar a politicagem por trás de uma operação como essa. Esse é o principal acerto de O Resgate, de focar nos bastidores da operação do que trocar tiros com os locais a cada cena.
Estes elementos ficam mais em evidência também às boas atuações de Andy Garcia e Martin Donovan, que fazem o embaixador dos Estados Unidos no Marrocos e um agente do governo, respectivamente. Há muitos embates de diálogos entre os dois por justamente terem opiniões diferentes na operação em específico e como responder a tudo isso. Os dois chegam até a ofuscar o protagonista em alguns momentos.
Falando em protagonista, Gary faz um trabalho ‘ok’ no filme, por justamente ele ter uma alma a lá Tom Cruise que consegue resolver todos os problemas rapidamente, ser um grande soldado e querer sua esposa sã e salva. Ele tem uma abordagem diferente dos políticos, que é até esperada, mas ele conseguir informações sem nenhum esforço e se infiltrar no grupo inimigo sem levantar suspeitas, é quase um super poder.
É interessante ver um filme deste tipo se preocupando com elementos que longas do mesmo gênero costumam deixar de lado, mas deve-se ter o mesmo apreço de qualidade nas cenas de ação. Aqui elas estão reduzidas a pequenas cenas e o ato final (Previsível), mas acabam focando no ‘super poderes’ do protagonista que quase realiza tudo sozinho, além de fazer o grupo terrorista parecer desorganizado, e ineficaz em atirar em um pequeno grupo de soldados.
Estas mesmas cenas tem problemas na montagem final, o diretor tenta mostrar várias batalhas em pequenas cenas, como subtramas, mas há muitos cortes durante elas, ele mostra uma briga, depois outra, e mais outra. E só ao final finaliza cada uma delas. Falou um pouco de dinamismo.
O Resgate – O Dia de Redenção acaba sendo um filme médio justamente por isso, acerta alguns lugares e erra em outros, e estes acertos são ótimos e os erros pelo menos não são grotescos.
Nota: 3/5
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