Confira a crítica de ‘Bill e Ted: Encare a Música’, continuação que mantém a essência dos filmes anteriores com uma história maluca e divertida

Bill e Ted teve dois filmes no final dos anos 80, que são lembrados pela diversão non sense e dois protagonistas que buscavam o seu sonho em serem músicos profissionais. Depois destes dois filmes Keanu Reeves (Ted) se tornou uma referência em atuação, principalmente quando estrelou Matrix (1999) e nos papéis atuais na franquia John Wick, já Alex Winter (Bill) acabou construindo sua carreira atrás das câmeras, produzindo e dirigindo documentários para várias redes. Agora 30 anos depois, voltamos a encontrar Bill e Ted, dessa vez casados e com suas filhas.
E quando começamos a assistir a nova aventura da dupla, percebemos que eles envelheceram na idade, já que mentalmente são os mesmos. Tanto Keanu e Alex voltaram a estes personagens com uma naturalidade espantosa, com adição apenas dos problemas da vida adulta, como manter o casamento e educar sua filha.

Claro, que o novo filme teria viagens no tempo, que com a melhora dos efeitos visuais e gráficos do presente ficam ainda mais divertidas e alucinógenas, dessa vez o longa escrito por Chris Matheson e Ed Solomon (Que trabalharam nos filmes anteriores) brincam com as linhas do tempo da dupla, que buscam encontrar a ‘música que unirá o mundo’. Keanu e Alex fazem um excelente trabalho ao interpretar estes outros ‘eu’. Os momentos mais divertidos do filme são essas interações.
O tom do filme mantém a comédia e diversão como principal, como esperávamos nesta sequência. A diferença aqui está no protagonismo que as filhas possuem em partes do longa. Brigette Lundy-Paine (Billie) e Samara Weaving (Thea) são os espelhos dos pais, como se fossem a versão feminina e jovem de Bill e Ted. As atrizes incorporam vários trejeitos e formas de se comunicar que remetem muito aos filmes mais antigos. As duas roubam a cena quando aparecem.

Claro que também temos um filme musical, já que uma música irá salvar o mundo. O longa dirigido por Dean Parisot (As Loucuras de Dick e Jane) usa a música, e traz homenagens a artistas que mudaram os rumos deste ramo. ‘Encare a Música’ amplifica isso, homenageando e mostrando como a música mudou ao longa das décadas.
É uma sequência segura, sem assumir riscos e talvez seja melhor assim, sabendo que Bill e Ted mesmo envelhecendo continuam os mesmo, que a vida adulta não conseguiu destruiu a forma dos dois em ver a vida e interagir com ela, que eles continuam sendo grandes caras, bons maridos e pais. Tudo isso, claro, sendo excelentes uns com os outros e deixando a festa rolar!
Nota: 3/5
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