Cinema, Crítica de Filme

O Mestre da Fumaça | Crítica

O Mestre da Fumaça une boas coreografias e maconha (?) em um longa que mesmo carregado de clichês, tem um boa história para contar. Confira a crítica completa.

E não há como não comparar este longa dirigido por André Sigwalt e Augusto Soares traz a clássica jornada de um personagem (Daniel Rocha) que precisa superar seus limites para defender aquilo que acredita, e apenas um mestre (Tony Lee) com um técnica pode auxiliá-lo. A diferença aqui, fica por outros elementos que não são adaptados em Karate Kid.

E as semelhanças ficam também pelos combates coreografados e diálogos que parecem que saíram de filmes conhecidos, o que não é nenhum demérito aqui, já que o longa também busca a sua identidade a cada momento.

Essa jornada do herói não surpreende, principalmente para quem gosta do gênero, ele não corre riscos para justamente trazer elementos de comédia e o uso das drogas como algo diferente, mesmo em momentos que seriam mais sérios, como os embates entre mocinhos e vilões.

O roteiro não usa a maconha como sentido figurado ou simbólica, ela é um elemento essencial para o filme e no treinamento de Gabriel, para que a fumaça o ajude a se encontrar.

Os diretores trabalham também com outros elementos, trazendo o filme para o Brasil, mesmo nos clichês esperados, temos como nos reconhecer nas escolhas, mesmo com as brincadeiras entre os elementos genéricos e as tentativas de falar da China em momentos de flashback.

As coreografias de ação e as lutas são impecáveis, há cuidados na filmagem e na transição entre elas, principalmente quando o filme avança para o embate final entre vilão e protagonista.

Somadas a elas, temos planos que se modificam durante as cenas, para uma maior fluidez. E mudando a forma com que vemos a mesma briga. Além da qualidade técnica, temos um trilha que acompanha tudo, e foram introduzidas nos grandes momentos de ação;

Os combates se destacam, mas os vilões e secundários não conseguem despertar os mesmos sentimentos. Há muitas frases de enfeites e expectativas previsíveis como um filme de luta dos anos 80 e 90. O protagonista é maior que tudo que o envolve.

Daniel Rocha transita entre as camadas do protagonista como facilidade, seja no treinamento, no ódio contra o vilão e nas repetições do treinamento, mesmo que o filme seja mais corporal, ele transmite a forma certa em todas as cenas.


O Mestre Da Fumaça, é criativo sim, mesmo com as referências espalhadas pela estrutura. Ele tem uma base segura, e os diretores escapam sempre que possível para nos entreter, e brincar com os sentimentos, principalmente para aqueles que gostam de filmes de ação.

Claro, ele derrapa em alguns momentos, como pontas soltas e um vilão que já conhecemos, mas o seu ritmo intenso e boas lutas trazem ele para um patamar de filme diferenciado, com uma boa estreia da dupla dos diretores em um longa metragem.

Nota: 3/5

Contato: naoparecemaseserio@gmail.com

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