O Último Ônibus mostra a jornada incansável de um homem idoso para cumprir sua promessa a esposa, de forma linda e emocionante. Confira a crítica completa.

O filme produzido por Gillies MacKinnon e protagonizado por Timothy Spall, já conhecido por vários papéis, inclusive como Rabicho em Harry Potter, oscila entre passado e presente de forma bem pensada, revelando as informações apenas na hora certa para o espectador.
Na trama acompanhamos Tom, que após perder a esposa, embarca em um ônibus rumo a mais de 1300 quilômetros de distância, cruzando o Reino Unido, para cumprir a promessa que fez a ela: levá-la de volta a terra natal do casal, mesmo que agora, apenas suas cinzas.
É impossível não se emocionar depois de assisti-lo, pois de forma natural vemos como é o mundo do ponto de vista de uma pessoa com mais de 90 anos, que está doente, e encontra pessoas boas e ruins pelo caminho, passando tantas dificuldades, mas sempre com um sorriso no rosto.
Ao longo de sua trajetória, passando por diferentes cidades, conhecendo muitas pessoas e pegando diversos ônibus, Tom acaba viralizando na internet, mesmo sem saber, e no fim se torna uma celebridade local, sendo aplaudido pelos moradores que se orgulham dele.

A maquiagem realmente nos faz acreditar que estamos vendo um senhor perto de seus 100 anos, quando na verdade o ator tinha 64 na época das filmagens. Além das lindas paisagens, quase sempre representadas por cores frias, encontramos os mais diferentes tipos de bondade e maldade presentes no ser humano.
Apesar de em alguns momentos o filme focar em nos trazer um sentimento de pena e compaixão pelo personagem devido as situações difíceis que passa, isso não é feito de forma forçada, e sim mostrando a realidade do que pode acontecer todos os dias, e não prestamos a devida atenção.
Tom retrata como o fim da vida pode ser lindo e grandiosamente emocionante, sem se preocupar com redes sociais ou celulares, apenas com nossos objetivos e com as pequenas coisas do dia a dia.
Este é um filme que vale a pena assistir, ao menos uma vez, pois nos faz refletir sobre a importância das memórias que guardamos ao longo da vida, além da força e obstinação invejável de Tom, em que percebemos que no fim, tudo o que queremos, é voltar do início e fazer tudo de novo.
Nota: 4/5
Contato: naoparecemaseserio@gmail.com
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