O último filme da trilogia “Guardiões da Galáxia” encerra a franquia de James Gunn de forma emocionante e fácil de amar. Confira a crítica completa.

O longa retorna com o time principal formado por Chris Pratt (Peter Quill), Bradley Cooper (Rocket), Zoë Saldaña (Gamora), Dave Bautista (Drax), Vin Diesel (Groot), Karen Gillan (Nebulosa) e Pom Klementieff (Mantis), enfrentando o Alto Evolucionário (Chukwudi Iwuji), vilão que põe em risco a vida de Rocky, que precisa ser salvo pelos amigos.
Diferente dos dois primeiros filmes, este abre com um tom melancólico, mostrando como os justiceiros lidam com a “morte” de Gamora e sua subsequente “ressurreição” como alguém sem memórias das aventuras vividas com a equipe. Vemos também como Nebulosa se tornou uma espécie de “mãe” para o grupo, amparando-os.
Nos primeiros minutos, somos apresentados a Adam Warlock, que invade o QG dos Guardiões, em “Knowhere”, ferindo gravemente Rocket, deixando-o em um tipo de coma que vai sugando sua vida rapidamente, restando apenas 48 horas para a equipe principal salvá-lo da morte iminente.
O longa então oscila entre flashbacks da vida de Rocket, apresentando seu “criador” e seus colegas de cela em um experimento bizarro que o fez ser como é, e os Guardiões lutando no presente para encontrar uma solução para o seu problema.
Spoilers a seguir (Você foi avisado)

A equipe faz o possível para salvar Rocket, que descobrimos ser um animal transportado da América do Norte, junto com muitos outros, para experimentos sórdidos no espaço a fim de alcançarem a perfeição e um tipo de sociedade inteligente formada por animais evoluídos. O filme critica explicitamente a questão de maus-tratos aos animais e testes nos mesmos.
Na cena de quase morte de Rocky, e posteriormente a quase morte de Peter Quill, é impossível conter as lágrimas, assim como em todas as cenas do passado do Guaxinim, que trazem uma pureza nos sonhos do pequeno com outros animais que serviram como objeto de estudo, que são mortos a sangue frio por não serem mais úteis aos humanos.
Drax e Mantis mantém uma química invejável, brilhantemente passada com naturalidade por seus atores, além de serem os principais alívios cômicos da narrativa.
No fim, uma nova equipe dos Guardiões da Galáxia é formada, com Rocket no comando, enquanto Gamora vai viver com os Saqueadores, Peter retorna a Terra para viver com seu avô e Mantis decide seguir seu caminho sozinha para achar seu próprio objetivo.

Entre as adições para o elenco, destacam-se Will Poulter, como Adam Warlock, e Maria Bakalova, como Cosmo, que havia sido vista brevemente nos filmes anteriores. Ambos desempenham seus papéis com maestria, roubando a cena sem ofuscar os personagens principais, que fará o público rapidamente criar um carisma por eles. Porém, em algumas cenas, Warlock soa desconexo do restante e sem grande impacto para a trama, algo que poderia ter sido melhor abordado pelos roteiristas.
Quando falamos de efeitos visuais, seria até repetitivo explicar como James Gunn nunca deixou a desejar em suas produções do MCU. Além da fotografia feita com cores vibrantes para representar a infinidade da galáxia e suas mais diversas espécies, estas que usam e abusam de figurino e maquiagem fora da curva para tornar tudo mais próximo de uma “realidade” futurística.

O longa possui duas cenas pós-créditos, em que descobrimos que esta não será a última vez que veremos Peter Quill, porém até onde sabemos, é um adeus pro restante da equipe atual.
O filme fala, acima de tudo, sobre família e sacrifícios que fazemos por ela. A Marvel não desperdiçou oportunidades para fazer deste o melhor filme, até então, da fase 5 do MCU, afinal, se é a última vez que os fãs verão seus anti-heróis galáticos preferidos, a experiência precisa ser épica e marcante, para compensar o sentimento agridoce da despedida.
Nota: 5/5
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Um comentário em “Guardiões da Galáxia Vol. 3 | Crítica”