Em uma continuação mais sangrenta, mas com piadas tiradas de um sexto ano, Exterminadores do Além traz uma história mais simples do que apresentada nos cinemas, com a mesma estética para quem já conhece o grupo. Confira o artigo primeiras impressões sobre a série que estreia dia 18 de agosto no SBT
Os Exterminadores do Além Contra a Loira do Banheiro (2018) conhecemos o grupo formado por Jack (Danilo Gentili), Túlio (Murilo Couto) e Fred (Leo Lins) um grupo de Youtubers que investiga fenômenos paranormais, mas não tem grana alguma e usam ferramentas não muito comuns, para o combate dessas entidades. E ao serem chamados para combater a tão famosa Loira do Banheiro (Pietra Quintela) em uma escola pode ser o caminho para o sucesso do grupo.
O roteiro do próprio Danilo Gentili (Como se Tornar o Pior Aluno da Escola) consegue trazer a atmosfera do terrir (Uma mistura entre os gênero de terror e comédia) para o grande público, afinal mais de um milhão de espectadores foram ver a história dirigida por Fabrício Bittar (Como Hackear Seu Chefe).
O SBT exibe uma série que é uma continuação do filme, em uma primeira temporada composta por 10 episódios, onde eles irão investigar um novo problema paranormal, contando novamente com o roteiro de Gentili e direção de Bittar. A principal diferença fica quanto aos protagonistas, enquanto o longa contou com diversas participações como Dani Calabresa, aqui temos apenas o trio dos comediantes do The Noite. Inclusive as exibições são após o talk show às quartas feiras.
Na trama da série, os personagens Jack (Danilo Gentili), Túlio (Murilo Couto) e Fred (Leo Lins) irão caçar ameaças sobrenaturais baseadas em lendas urbanas brasileiras e outros casos originais. Isso é perceptível logo no primeiro episódio (Exibido para imprensa), o caso é referente a mulher de branco que, segundo a lenda urbana, uma mulher pede carona na estrada e quando a consegue, ela mata o caminhoneiro.
As primeiras cenas mostram que o tal sucesso esperado não veio, o trio precisa de um novo caso e acabam encontrando, e vamos percebendo quais os caminhos que a série deve seguir. Claro que há uma diferença orçamentária aqui, mas pelo menos os litros de sangue usados continuam os mesmos.
A comédia e o terror retornam aqui, agora de uma forma mais infantil, não é que agora é feito para crianças, as piadas ficaram mais infantis. Tem trocadilho com duplo sentido, uma situação para falar de órgãos genitais e muito bullying entre os três. Algumas delas parecem retiradas de um aluno do sexto ano.
Claro que essa ‘aura’ pega um pouco do que foi feito no trabalho anterior, só há alguns exageros em alguns momentos. A principal marca do filme, que é o excesso de sangue, permanece aqui. Os uniformes recebem uma grande quantidade de líquido vermelho.
A montagem aqui é mais seriada, bem como aquelas séries que possuem um caso sendo resolvido por episódio e há uma trama principal. Então não espere uma história densa, o foco é o caso daquele momento e as interações entre o trio.
Falando em trio, as personalidades foram mantidas, apenas com falas pesadas pontuais. Pela química criada entre os três, seja pelo filme e pelos anos de talk show. Entregam cenas dentro do esperado, só podiam ser mais inventivas e não necessitar de uma piada mais pesada.
O ritmo do episódio consegue entreter por justamente trazer muitas subtramas. Temos um caso principal, mas há outros elementos sendo trabalhados e pequenas cenas que agregam ao que é mostrado. Isso ajuda no ritmo e facilita a compreensão de tudo.
Os diálogos além de um pouco mais pesados são rasos, explicam o necessário, sem profundidade e camadas. Exterminadores do Além querem te assustar em alguns momentos e conseguir extrair uma risada e só. Diverte, mas não espere um grande espetáculo.