Em um filme que demora para encontrar seu ritmo, mas quando encontra é MARAVILHOSO, ‘Mulher Maravilha 1984’ finalmente chega aos cinemas. Confira a crítica completa.

‘Mulher Maravilha 1984’ foi um dos grandes filmes, ou dos blockbusters, se preferir, a ter dificuldades de ser exibido nos cinemas por causa da pandemia do coronavírus. O longa dirigido por Patty Jenkins trocou de data de estreia algumas vezes antes de enfim, chegar as telonas.
E quando enfim pude assistir ao longa, imaginei que os detalhes que me incomodaram no primeiro filme iriam ocorrem na sequência. Dessa vez essa obsessão de explorar o relacionamento entre Diana (Gal Gadot) e Steve Trevor (Chris Pine) do que mostrar como a protagonista se insere no mundo comum, iria ser o grande enfoque do primeiro ato. E eu estava certo (Infelizmente). Os primeiros 30/40 minutos do longa são para justamente mostrar como Diana não esqueceu Trevor, pena que as cenas usadas para mostrar isso parecem retiradas de uma comédia romântica.
Essa falta de ritmo do começo, atrapalha muito o andamento da obra, causando alguns desconfortos no espectador, pois ele é muito lento, sem espaço para a grande heroína da Dc Comics, apenas quando Max Lord (Pedro Pascal) mostra a que veio, o filme enfim melhora e se torna uma grande produção.
As grandes cenas de ação foram intensificadas na sequência, elas são filmadas com muita proximidade e Gal Gadot responde bem a estes momentos. Ela inclusive tem arcos dramáticos ainda não vistos na personagem. A atriz mostra muito talento nestas cenas, que são suficientes para tirar aquele desconforto, já que agora temos a Mulher Maravilha na nossa frente para salvar o mundo.
O longa usa uma metodologia presente alguns filmes com dois vilões. Um vilão que usa os músculos (Mulher Leopardo – Kristen Wiig) e outro que usa a manipulação, ou a cabeça, para conseguir o que quer (Max Lord – Pedro Pascal). O roteiro feito pela diretora soube usar os dois de uma forma diferente do outro, com cenas e abordagens distintas. Nestas diferenças foi onde Gal Gadot se destaca, já que haviam cenas de briga e de diálogos intensos que demandaram muito da atriz, que respondeu bem ao desafio.
Pela história estar estabelecida na década de 80, a diretora também aproveita para dar a história um contexto histórico, como a disputa EUA e Rússia. Esse embasamento histórico no começo do filme não faz sentido, mas quando avançamos para os eventos finais temos um deslumbre mais claro da escolha deste período histórico dentro da sequência.
Além da grande atuação de Gal, Pedro Pascal e Kristen Wiig também tem boas cenas que fazem sentido pela narrativa construída. O roteiro soube lidar com duas personalidades tão diferentes ao longo da história, fazendo com que os arcos complementassem trajetória de Diana. E como foi interessante perceber que a heroína ‘resolveu’ os vilões de formas distintas, em cenas que souberam trazer ação e emoção.
Mesmo com o começo instável, Mulher Maravilha 84 termina com saldo positivo, pois trouxe elementos novos da heroína e uma ‘nova’ interpretação de Diana por Gal Gadot e por trazer algum conhecimento de história para os filmes de super heróis, já que os anteriores não tiveram essa preocupação.
Nota: 3/5
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