Confira a crítica de ‘O Segredo: Ouse Sonhar’ que traz a atmosfera leve do livro, mas acaba ficando presa aos clichês das comédias românticas.

O pensamento positivo é primordial para alcançar algo. Que pensar que tudo dará certo, fará as coisas boas se conectarem de alguma forma; Essa filosofia é explicada no best seller ‘O Segredo’ que aborda esse ‘magnetismo’ que ocorre quando você muda sua forma de ver as coisas. E podemos perceber essa abordagem em ‘O Segredo: Ouse Sonhar’.
O filme traz a história de Miranda (Katie Holmes), uma viúva que luta para criar os três filhos sozinha. Após uma forte tempestade destruir sua casa, ela contrata Bray (Josh Lucas) para ajudá-la na reconstrução. Durante a obra, ele passa a compartilhar com Miranda sua filosofia de acreditar no poder do universo, na relação causa e efeito, passado e presente.

Toda a filosofia do livro está em Bray, seja no seu diálogo com os outros personagens ou nas atitudes, como ajudar Miranda ao consertar o telhado, apenas por ele saber como fazer, e ter a agenda livre pra isso . Estes momentos são espalhados pelo filme, alguns bem pontuados, já outros parecem mais um ‘momento coach’.
Essa forma de ver a vida de Bray deveria ser o diferencial do filme, aproveitando para trazer algo novo, mas ‘Ouse Sonhar’ se prende aos diversos clichês de comédia romântica para dar ritmo a história, fazendo com que seu final fique previsível, como os destinos dos personagens secundários.

O longa tem um tom leve e até mesmo despretensioso no seu começo, o que era esperado obviamente, o problema deste tom são as escolhas finais, já que o ritmo do filme muda durante a narrativa, fazendo com que algumas decisões sejam até mesmo questionáveis. Fora algumas formas do roteiro para algumas explicações, chegam a ser embaraçosas.
‘O Segredo’ não é um filme abaixo da média, mas ele não se destaca em nenhum momento, ficando mais nas categorias ‘filme de fim de tarde’ ou ‘filme para passar o tempo’ do que uma história que poderia te emocionar, te encantar ao fim da sessão, ou até mesmo ter uma grande cena dramática. Aqui temos um uma história bem comum.
A fotografia fez ao menos seu trabalho, pois que soube mudar os tons nas cenas de Bray e Miranda. As cenas mais iluminadas são do ‘filósofo’ e Miranda por estar uma situação mais difícil, possui tons levemente mais escuros, que vão se alterando conforme Bray consegue mostrar seu ponto de vista de como ele vive a sua vida, pena novamente que o roteiro vai degringolando até o final
Nota: 2/5
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