Confira a crítica de The Old Guard

A Netflix é conhecida por suas séries, que se tornam fenômenos a cada nova temporada, sejam nas apostas como ‘La Casa de Papel’ ou produtos originais como ‘Stranger Things’, mas isso se reflete no cinema? Em obras únicas sim, há longas indicados e vencedores nos principais festivais do cinema, como ‘Histórias de Um Casamento’ e ‘O Irlandês’. A plataforma não tem franquias de filmes. Isso mudou com o lançamento de ‘Resgate’ e agora temos a nova tentativa com ‘The Old Guard’
O longa é baseado nos quadrinhos de Greg Rucka e Leandro Fernandez que mostra um grupo de imortais que faz o bem ao mundo, mesmo que ele não mereça. Os soldados são liderados por Andy (Charlize Theron), a mais velha (Se bem, que não sei se é correto dizer isso) do grupo. Nenhum deles envelhece após receber seus ‘poderes’, o que os torna ‘a margem da sociedade’
Eles possuem uma conexão entre eles, fazendo com eles sintam a presença de Nile (Kiki Layne), porém parte do grupo é capturado e seus poderes serão testados por uma indústria farmacêutica, para obviamente lucrar com a capacidade de regeneração.

O longa respeita bem o material original, seguindo algumas narrativas e a forma que o grupo luta, seja por armas de combate, armas brancas ou corpo a corpo. As lutas que infelizmente são poucas, são muito bem coreografadas, usam bem o cenário envolvido e misturam com grandiosidade os três elementos já citados.
‘The Old Guard’ segue a cartilha de ‘filme de origem’ ponto a ponto, põe o novo elemento (Nile) para brigar primeiro com o grupo (Andy) que depois é agregada ao grupo, por exemplo. Além é claro, de um final que deixa diversas aberturas para continuações.
O filme mantém uma característica da hq quanto a heterogeneidade do grupo, como cada um tem a sua diferença, escolha e pensamentos. A diretora Gina Prince-Bythewood faz cenas para deixar tudo bem explicado. Vale lembrar que um dos roteiristas do filme é o criador do quadrinho, Rucka. O que deixou tudo muito similar.

O longa é um típico filme de ação, então não vá assisti-lo esperando um grande arco dramático de Charlize (Que foi indicada ao Oscar recentemente). Ela neste filme é uma estrela de ação como ela mostrou em Atômica (2017). Ela pode não ter uma grande cena, mas ela arrebenta todos pelo seu caminho. De formas, como o próprio filme diz. “Ela sabe formas de matar que muitos desconhecem”.
Não temos aqui um primor no cinema de ação, mas temos uma boa história, com boas cenas e bem executado. Isso é o que importa.
É claro a tentativa de criar uma franquia de filme da plataforma de streaming. Vamos aguardar se o público vai querer. ‘Resgate’ conseguiu.
Nota: 3/5
Saldo: Filme ok.
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