Confira a crítica de Entrevista com Deus
Filmes que tem a religião e principalmente Deus em seus roteiros são comuns na indústria, afinal sempre houve essa vontade humana em se comunicar com o divino, seja de uma forma leve como Todo Poderoso (2003) ou de forma mais séria como A Paixão de Cristo (2004), temos aqui filme que abordará a religião como trama que é Entrevista com Deus.
Somos apresentados aqui a um repórter/jornalista de guerra Paul Asher (Brenton Thwaites) retorna para casa, com a sua fé́ abalada, afinal perder colegas em conflito de guerra é algo que mexe com a sanidade mental de qualquer um, e claro que ele retorna aos EUA questionando sua fé e a presença de Deus. E então sugue uma entrevista com uma pessoa que diz ser Deus (David Strathairn).
O que começa como algo incrédulo, começa a ser transformar e dar peso ao filme, o roteiro de Ken Aguado (A Sombra de Um Homem) é totalmente crescente, o filme começa simples e termina com diversos questionamentos que são repassados ao espectador, além de trazer diversos perguntas que qualquer um que possui um fé no divino se questiona em algum momento da vida, principalmente ruins.
Os questionamentos que o filme propõe a partir de uma história ficcional é um trabalho impecável, real e preciso. Ao ser transformado com essa entrevista Paul percebe como a sua vida foi afetada por seus questionamentos e como essa entrevista com Deus o que fez mudar de opinião. As melhores cenas do filme são justamente essa dúvida interna que Paul gera após as entrevistas.
As atuações neste filme são elogiáveis, Brenton faz um papel dramático elogiável, com o peso que um personagem pede, e é muito bom ver o ator fora da sua zona de conforto, fugindo dos filmes de ação que ele costuma fazer, David não possui tanto tempo de tela que se imaginava, mas suas ações são o suficiente pra fazer o filme ganhar ritmo e traz todos questionamentos já ditos, além que a química da dupla em cena é perfeita, duas personalidades são bem usadas pelo diretor Perry Lang (Weeds).
O filme se leva a sério em diversos momentos, por ser trabalhar com o psicológico do público e a realidade, e é interessante como ele fala de religião de uma forma que está nas “entrelinhas” sem se apegar a nenhuma, mas ao tempo trazer todos os aspectos necessários para a construção de um longa deste tipo.