Com um Chico Bento próximo do público, onde ele conta a própria história, transformam essa adaptação em um filme fofo e inesquecível.
Em Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa, a goiabeira do Nhô Lau (Luis Lobianco) a preferida de Chico Bento (Isaac Amendoim), está em perigo, devido a proposta de construção de uma rodovia que pretende passar por toda a Vila Abobrinha. Para impedir que a árvore seja derrubada, Chico Bento e sua turma vão bolar um plano para salvá-la.
Dirigido por Fernando Fraiha (Bem-vinda, Violeta), roteirizado pelo diretor e Elena Altheman, os principais elementos do universo de Chico Bento estão muito bem representados no filme: a vida simples na roça, a amizade das crianças, o amor pelas goiabas do Nhô Lau, a esperteza de Chico, as trapalhadas de Zé Lelé, a bondade de Rosinha e o aprendizado na escola com Dona Marocas.
Tudo isso foi possível, devido a escolha acertada do elenco. Isaac Amendoim é o perfeito Chico Bento: uma criança inteligente, autoconfiante e com espírito de liderança, que consegue entregar uma atuação simples e envolvente. O mesmo acontece com Pedro Dantas, o Zé Lelé, que entrega cenas divertidas que alegram o público, com Anna Julia Dias, a Rosinha, que também é encantadora e com Enzo Henrique, o Genesinho, que encarou com leveza o desafio de interpretar um certo inimigo da turma.
No elenco adulto, destacam-se Débora Falabella como Profª Marocas, Augusto Madeira como Dotô Agripino e Luis Lobianco como Nhô Lau. Os atores entraram muito bem nos personagens com uma interpretação equilibrada que não tirou o protagonismo das crianças.
A escolha de quebrar a quarta parede, trazendo um Chico próximo do público que conta a própria história, abrilhantou a narrativa. Além disso, a soma dos elementos cenográficos, a caracterização dos personagens, a trilha sonora e ainda, as cenas que usaram animação em 3D, tornam o filme inesquecível.
Chico Bento e a Goiabeira Maraviósa é mais que um filme, é uma conexão com a simplicidade da vida no campo e com o respeito à natureza, além de ser um retorno à infância.
Nota: 5/5
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