Michael Bay retorna aos filmes de ação com a sua assinatura, mas tropeça nos problemas de sempre. Confira a crítica completa.
Em Ambulância, um veterano condecorado Will Sharp (Yahya Abdul-Mateen II), desesperado para pagar as contas de hospital da sua mulher, pede ajuda à única pessoa a quem sabe que não devia pedir – o seu irmão adotivo, Danny (Jake Gyllenhaal). Criminoso profissional carismático, Danny faz-lhe uma contraproposta: o maior assalto a um banco na história de Los Angeles: 32 milhões de dólares. Com a vida da sua mulher em risco, Will não pode dizer que não.
O novo filme de Michael Bay, é simples. Perseguição a uma ambulância em Los Angeles, inclusive se perde pouquíssimo tempo no primeiro ato, para os protagonistas entrarem na ambulância e começar os eventos do filme. Apenas a enfermeira Cam (Eiza González) que está no lugar errado.
Os eventos seguem toda a cartilha do diretor famoso pelos filmes de ação, então temos tudo. Carros voando, explosões e os planos característicos. Só não espere uma grande narrativa, já que ele deixa a ação falar por si, com pequenos momentos de diálogos.
Mesmo com isso temos uma química interessante entre Jake e Yahya, a relação de irmãos e suas personalidades distintas conseguem manter a atenção do espectador, e eles transmitem mesmo em meio ao caos, um pouco de humanidade.
A grande novidade, digamos assim, são os usos de drones para trazer novos ângulos e principalmente, deixar o espectador mais próximo do que ocorre na tela. A sincronia entre som e imagem é imersiva, inclusive a trilha instrumental escolhida é interessante em alguns momentos.
Ele acerta onde esperamos e erra também nos mesmos pontos, novamente temos um filme com arcos demais e personagens secundários mal utilizados. Além de uma vilania latina, que não faz tanto sentido assim. A narrativa principal é simples, então não há a necessidade de tantos elementos serem introduzidos a cada arco.
Estes excessos deixam um filme que começa bem, ficar cansativo e longo. As cenas de ação dos atos seguintes mantém a intensidade, e sua forma básica, mas o ‘inchaço’ de informações atrapalham a experiência. Alguns deles até ficamos pensando o motivo de estar nessa história, já que pouco modificam a trama quando aparecem.

É um filme de grande porte, pensado para a tela e som do cinema. Michael entende como trazer uma melhor experiência para os espectadores, seja pelos planos abertos para mostrar a cidade. E as tomadas para podermos apreciar o carro da polícia capotando diversas vezes.
Ambulância: Um Dia de Crime cumpre a sua missão de um blockbuster dirigido por Michael Bay. Consegue empolgar com uma história simples e entreter o espectador com uma batida de carro a cada momento. Uma pena que ele se perde com detalhes que não agregam para tentar dar mais vida à perseguição. Pelo menos temos Michael ‘Explosões e Câmera lenta’ Bay como lembramos dele.
Nota: 3/5
Contato: naoparecemaseserio@gmail.com
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