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| Eu Sinto Muito | Crítica

Confira a crítica de Eu Sinto Muito



A Síndrome de Boderline é responsável por fazer pessoas irem do “céu ao inferno” em questão de horas, ou seja, uma alteração de personalidade que pode ser resolvida com o tratamento médico adequado que envolve terapia e medicamentos, falar sobre um problema psicológico é a grande missão de “Eu Sinto Muito” de Cristiano Vieira.

Falar sobre algo delicado com qualidade no cinema é raro, mas quando acertam o ponto, como no filme “Lição de Amor” (2002) e o nacional ‘Colegas’ (2013) são narrativas que sobressaem do basal e ficam como referência. E o recente lançamento do ‘Projeta Às Sete’ é um bom acerto, ele traz a alteração neurológica de uma forma real sem se apoiar no melodramático.

Júlio (Rocco Pitanga) em cena
Foto: Divulgação – Elo Company

A história é múltipla, somos apresentados a diversos personagens que possuem Boderline, Isabelle (Juliana Schalch), Paula (Camila Alencar), Guilherme (Victor Abrão), Marta (Carol Monte Rosa) e Claúdio (Wellington Abreu) cujas histórias são interligadas através de Júlio (Rocco Pitanga) que está montando um documentário sobre o transtorno de personalidade.  
Este excesso de personagens poderia ser a ruína, pois faltaria algum desenvolvimento sobre algumas das tramas, mas o bom roteiro do próprio diretor e Antônio Balbino traz diferentes narrativas e pontos de vistas do mesmo transtorno e como cada um reage diferente a cada reviravolta da vida, faltou apenas mostrar melhor a conexão entre essas histórias.

Júlia (Juliana Schalch) em cena
Foto: Divulgação – Elo Company

As boas subtramas exigiram dos atores, principalmente em cenas que mostram as alterações, todos têm boas atuações, o nossos destaques ficam para Juliana Schalch que faz uma Isabelle estável em algumas cenas com toda a segurança do mundo em suas costas, e em um estalar de dedos ela se perde em meio as alterações, isso exigiu da atriz e ela entregou, outro destaque é Rocco Pitanga que faz um personagem que atua como bom fio condutor da narrativa e se mostra entendedor do problema, mostrando até mesmo empatia.

O filme se permite também discutir de como essa Síndrome tem tratamento e com ele as pessoas podem tem uma vida mais controlada e principalmente o que fazer nas alterações de personalidade. Mostrar a luz no fim do túnel é algo que pode mudar a percepção do espectador quanto a síndrome e aos portadores buscar ajuda especializada.

Então, aproveita que o filme faz do projeto Projeta Às Sete que ingressos promocionais e vá assistir essa tocante história.

Nota: 4/5

Saldo: Filme sério sobre um assunto sério

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