Confira a crítica de ‘Ambiente Familiar’
Sabe o ditado popular ‘Amigos se escolhe e Família não’ e quando os amigos se tornam sua família e quando você sai de um estereótipo comum de família (pai alcoólatra, mãe carinhosa, diversos primos e as tias religiosas) para outro contexto? É nessas diversas subtramas que o filme de Torquato Joel navega.
O filme tem seu começo seguindo as esquetes do gênero, mas conforme o primeiro ato transcorre, percebemos que a história pode ser algo conhecida, mas o diretor usará uma linguagem visual diferente para contar uma história conhecida.
A narrativa é preenchida de diversas reinvenções visuais e como cada parte da história é contada com uma linguagem diferente; O longa pode até falar de passado, presente e futuro, mas cada um é representado de uma forma diferente na tela, o que facilita a compreensão.
O problema dessas linhas temporais está na sonorização delas, todas tem uma mistura musical complexa e alguns sons são desconexos com que ocorre em tela, talvez seja proposital, mas não condiz com a preocupação visual que há neste filme.
Linearidade não é uma palavra para descrever aqui, temos aqui uma mistura caótica alguns momentos e aqueles flashblack’s para explicar algo no passado do trio. Esse ponto, junto com as trilhas, serão os pontos que dividirão as opiniões.
‘Ambiente’ também não possui um protagonismo definido, o trio carrega o filme, mas dar o mesmo espaço para os garotos, não significa aqui mais informações para o espectador, começamos a narrativa com algumas dúvidas e algumas não são sanadas.
Claro, que mesmo com estes pontos diferenciados, o filme paraibano continua com um saldo positivo, por justamente buscar uma linguagem diferente do que ficar nos modos operantes comuns de filme familiares.
O longa tenta mirar em pessoas que pessoas que buscam um laço familiar em situações incomuns, mas acerta na experimentação estética, o filme não tem uma narrativa profunda, mas os elementos visuais para contar essa história são de ‘tirar o chapéu’.
Nota: 2/5
Saldo: Filme que prefere ter um visual sério a uma história séria.


