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| Marés | Crítica

Confira a crítica de ‘Marés’


Escrito e dirigido por João Paulo Procópio, “Marés” retrata a história de Valdo Gomes (Lourinelson Vladmir), um fotógrafo que devido ao alcoolismo e se vê no dilema: frequentar o AA ou renunciar à guarda compartilhada da filha.

‘Marés’ trabalha o dilema do alcoolismo, como o indivíduo tem uma vida dupla, de quando está alcoolizado e quando está sóbrio, como se fosse duas personas; Valdo passa justamente por isso, dos mundos sóbrio e alcoolizado.
O filme se apoia em pilares comuns do gênero de como o momento ‘vou parar de beber’, de ‘vou buscar ajuda’, ‘vou mudar’, mas sabe introduzir novos elementos como a tentativa de Valdo conviver de uma forma harmônica com seu problema.

O longa é ambientado em Brasília, principalmente na Brasília de 2014, quando a então presidente do Brasil, Dilma Rousseff estava sofrendo o processo de impeachment que culminou com seu vice, Michel Temer assumindo o poder, além de mostrar as propostas políticas dos personagens, é uma forma de mostrar passagem de tempo sem grandes explicações.

O roteiro do também diretor João Paulo Procópio é linear na narrativa e aponta bem os problemas dos personagens entorno do drama protagonista de como há os que ajudam e os que não fazem nada pela melhora.

Por tem sua trama desenvolvida em Brasília, o longa se aproveita dos pontos turísticos e da rotina das pessoas que vivem na capital do país, de como ela é diferente comparada ao restante das outras capitais de estado.

A atuação de Lourinelson e Julieta Zarza (Clara) são o destaque do longa, o casal protagonista tem arcos dramáticos bem marcados e executados, e o ator trouxe as expressões corporais necessárias para as alterações que um alcoólatra tem no corpo.

O filme é indicado para quem gosta de um bom drama, sem apelar para técnicas de computação ou CGI; Tudo aqui é focado nas performances do elenco com ótimas captações e ângulos.

Nota: 3/5

Saldo: Filme sério de um assunto sério  

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