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| A Casa que Jack Construiu | Crítica

Confira a crítica de A Casa que Jack Construiu, filme que está na 42° Mostra Internacional de Cinema de São Paulo


Lars Von Trier (Ninfomaníaca) tem se tornado um diretor que a cada obra mostra um lado diferente, seus filmes têm ganhado cada vez mais adeptos, seja pelas escolhas de planos e narrativas ou por suas histórias fora do comum. Assistimos a Casa que Jack Construiu, sua nova obra que está na 42° Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

Percebemos logo em seu início que novamente Lars traz uma obra que irá dividir opiniões, em A Casa há pessoas que irão ficar chocadas com a violência extrema de algumas cenas (O filme recebeu a classificação de 18 anos no Brasil) ou pessoas irão adorar a narrativa e entende que a violência é apenas um dos modos de se contar uma história.

Neste longa somos apresentados a Jack (Matt Dillon) que descreve a Vigílio (Bruno Ganz) sua carreira como serial killer, Jack possui mais de 60 assassinatos com sua autoria, mas ele descreve 5 para Vigílio, que ele Jack chama de incidente. E como ele sentiu prazer à satisfação a cada morte e como cada morte representa uma obra de arte.

Lars faz a montagem de seu novo longa da mesma forma que montou Ninfomaníaca, onde ele inverte parte da história para tentar e mistura os diálogos com as cenas de ação bem fortes. Essa montagem não linear ajuda a criar empatia entre espectador e ajuda a criar um background para a história.

O interessante nessa forma de abordar os fatos é que vemos claramente dois lados da história, temos aqui Jack que acredita que realizou algo inimaginável, uma verdadeira obra de arte e quando vemos a cenas percebemos a quantidade de falhas e erros que o personagem causa, o que leva a sua prisão e julgamento.

A crescente do filme também é elogiável, nos primeiros incidentes Jack não possuir qualquer destreza ou habilidade para realizar seus feitos, já nos incidentes seguintes Jack continua errando, porém ele muda totalmente seu comportamento inclusive introduzindo elementos de terror psicológico em seus incidentes.

Lars acerta novamente em trazer um filme intenso, com diálogos curtos e cenas de ação bem próximas do espectador que traz toda uma atmosfera dura que faz com que o espectador fica preso a narrativa.

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