Sofia Malta lança single Vilã e se prepara para lançar seu primeiro álbum. Pré-save está disponível nas principais plataformas de streaming musical
A cantora e compositora Sofia Malta lança, no dia 27 de novembro, o single Vilã, faixa de abertura do seu álbum de estreia, previsto para o primeiro semestre de 2026. Produzido por Dudu Marote, Barro e Eutimyo, e autoria de Sofia Malta e Eutimyo, Vilã é um “pagodão baiano, com letra marcante e debochada e beat dançante” e já está disponível para pré-save nas principais plataformas de streaming musical.
A música é lançada um ano após a participação da cantora no reality musical Toca Revela, apresentado por Arapê Malik e Larissa Luz, com Michelly Mury e Dudu Marote como jurados – e do qual foi uma das finalistas.
“Podia parar aí que já estava massa! Mas a música fez tanto sucesso que, no fim do programa, Dudu [Marote] entrou na produção junto com Barro e Eutymio, que também divide a autoria comigo”, lembra.
A letra foi escrita por Sofia após o fim de um relacionamento conturbado, onde cada um saiu com sua versão dos fatos, mas a narrativa que prevaleceu foi a dela como vilã da história.
“Eu não vejo as coisas de forma tão maniqueísta, nunca me vi totalmente nem como vítima nem como vilã. Acho que todo relacionamento tem suas complexidades e o que desenvolvemos ao longo de tantos anos virou algo tóxico para ambos. Eu passei a ser frequentemente chamada de autocentrada e durante muitos anos me puni acreditando ser o meu grande defeito. Demorei muito tempo – e precisei de muitas trocas com outras mulheres – para entender que, para nós, muitas vezes, ser autocentrada pode ser a coisa mais revolucionária que fazemos. Num mundo de mocinhas à espera do resgate, de casar com o príncipe encantado, fico com o desejo de assumir a minha própria narrativa, como fazem as vilãs”, comenta.
Com uma letra que faz as vezes de roteiro teatral, com os versos iniciais simulando a abertura das cortinas no palco – “Acendem as luzes, primeiro ato / Roteiro à risca, falas no papo” –, a música é, ao mesmo tempo, uma crítica e um deboche a esta expectativa de que a mulher se comporte como a “mocinha” ou a “princesa” perante a sociedade.
“Foi um relacionamento cheio de idas e vindas, então, na verdade, já tínhamos passado por muitas ‘últimas conversas’, quase todas com um roteiro que, por vezes, parecia até ensaiado, de tanto que foi repetido. Além disso, costumava ouvir que eu estava ‘fazendo cena’, como se estivesse exagerando ou querendo chamar atenção. Então, a letra é também uma provocação. Já que é para dar show, que seja cantando essa vilã no palco”, relembra.
Apesar de a letra apresentar um conteúdo profundamente pessoal, a sonoridade final da canção evoluiu em colaboração com o compositor e produtor musical Eutimyo. Com o intuito de fazer um misto entre pagodão baiano e brega funk, o processo criativo se baseou em referências do brega romântico, como Priscila Senna e Rafaela Santos, de Pernambuco; do pagodão, como Attoxxá, o Kannalha e Raquel Reis; e da música Putaria, de Rubel e MC Karol, que contribuiu com um toque de funk carioca no refrão.
Vilã é a primeira das dez faixas autorais do álbum de abertura de Sofia Malta, atualmente em processo de finalização, que trará produções do gênero pop, com toques de pagodão baiano, brega, brega funk, trap, afrobeat e MPB, e contará com feats de nomes relevantes da cena musical pernambucana, como Martins, Mago de Tarso e Uana.
Não Parece Mas É Sério 