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The Old Guard 2 | Crítica

The Old Guard 2 entrega ação, mas esquece de contar uma história.

Crédito: Courtesy of Netflix © 2025

Há filmes que nascem com a missão de expandir universos já conhecidos, mas The Old Guard 2 parece mais interessado em se alongar do que em aprofundar. A continuação direta do longa de 2020 volta com Andy (Charlize Theron) e o restante do grupo imortal, mas não sabe muito bem o que fazer com eles.

O roteiro escorrega justamente onde deveria ser mais firme: no ritmo. O desenvolvimento é truncado, as subtramas são largadas no meio do caminho e personagens aparecem com ar de importância, mas somem sem dizer a que vieram. A impressão que fica é de que estamos vendo uma temporada condensada de série.

Se a história parece escrita com pressa, o mesmo não se pode dizer das lutas. As coreografias continuam afiadas, com cenas de combate bem dirigidas e visualmente empolgantes. E mesmo com um material tão inconsistente, Charlize segura a trama com carisma e entrega. É o tipo de atuação que, por si só, não salva o filme, mas impede que ele afunde de vez.

Crédito: Eli Joshua Ade/Netflix © 2025

O final, aberto ao extremo, deixa claro que há planos para um terceiro capítulo. Só resta saber se o público vai se importar o suficiente para querer mais.

E isso talvez seja o maior problema: o filme não constrói nenhuma tensão real que justifique um futuro. O que deveria ser uma ameaça global parece só mais uma missão qualquer. E quando tudo se resolve sem peso emocional, o que sobra é o tédio, disfarçado de mistério para uma próxima parte.

Outro ponto incômodo é como a trama tenta empurrar novos personagens sem dar a eles qualquer densidade. Eles surgem como peças estratégicas. A consequência é uma dispersão narrativa: o filme quer dizer muita coisa ao mesmo tempo, mas termina dizendo quase nada.

Visualmente, The Old Guard 2 até tenta criar um clima mais sombrio e introspectivo, com tons frios e momentos de pausa, mas falta consistência. Não é um desastre completo, há talento em cena, boas ideias perdidas aqui e ali, mas falta coragem para assumir um rumo.

Nota: 1,5/5

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