F1 – O Filme é uma obra-prima que encanta pela atmosfera envolvente e história que vence os clichês.

Vai ser difícil para os fãs de Fórmula 1 não se emocionarem com F1 – O filme, e vai ser fácil, até para quem não entende nada do universo do automobilismo, se apaixonar pelo longa estrelado por Brad Pitt e Damson Idris.
Apelidado de “o maior que nunca foi”, Sonny Hayes (Brad Pitt) era o fenômeno mais promissor da Fórmula 1 nos anos 1990, até que um acidente na pista quase encerrou sua carreira. Trinta anos depois, ele é um piloto nômade contratado por equipes diversas, quando é procurado por seu ex-companheiro de equipe Ruben Cervantes (Javier Bardem), dono de uma equipe na principal categoria automobilística, que está à beira de um colapso. Ruben convence Sonny a voltar ao cockpit para uma última chance de salvar a equipe e provar que ainda pode ser o melhor do mundo. Ele dividirá a pista com Joshua Pearce (Damson Idris), o novato estrela da equipe, determinado a trilhar seu próprio caminho. Mas, quando os motores rugem, o passado de Sonny vem à tona, e ele descobre durante o campeonato, que seu companheiro de equipe é seu maior rival, e que o caminho para a redenção não pode ser percorrido sozinho.
A energia da pista de corrida já é muito bem representada logo no início do filme, com uma trilha sonora de tirar o fôlego, com 17 faixas originais de artistas como Ed Sheeran, Rosé, Ray, Don Toliver, Dom Dolla, entre outros.
Em meio a essa atmosfera do piloto que retorna da aposentadoria e o ego do jovem (e principal) da equipe, temos a receita para um um filme tedioso e longo (ele possui mais de 2h30 de narrativa), porém somos surpreendidos por música/trilhas e efeitos especiais que surpreendem a cada curva, sabendo dosar a narrativa sensível e geracional.

Pitt encara com maestria o papel do protagonista Sonny. O piloto da velha guarda é bem representado pelo ator maduro, que entrega cenas com uma interpretação equilibrada e com a profundidade necessária para todos os momentos.
Damson também brilha no papel de Pearce. O jovem ator é o contraste perfeito na história e traz um personagem cheio de camadas trabalhadas pelo bom roteiro.
Mesmo em meio ao foco na preparação e na rivalidade entre os pilotos, o filme encanta por celebrar o espírito de equipe e mostrar os bastidores de outras profissões necessárias para uma corrida acontecer, como engenheiros, mecânicos e empresários. Com grande destaque a Kerry Condon, como Kate e Javier Bardem.
O filme é ainda mais realista ao contar com participações especiais de grandes nomes atuais da Fórmula 1. Lewis Hamilton, Max Verstappen, Charles Leclerc, Lando Norris, Carlos Sainz, George Russell, Fernando Alonso e outros pilotos das duas últimas temporadas,estão no filme, interpretando a si mesmo; O longa teve gravações realizadas durante fins de semana reais de alguns Grandes Prêmios, com direito a até posição de largada marcada na pista.
Além disso, os brasileiros também podem ficar felizes graças às homenagens ao maior piloto de todos os tempos: Ayrton Senna. Senna é citado em vários momentos do filme, como um dos antigos adversários do protagonista Sonny Hayes. F1- O Filme chega aos cinemas como uma grande celebração do automobilismo, encantando fãs e conquistando novos corações.
Nota: 5/5
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