A Médica estreia no dia 20 de junho, sexta-feira, às 20h, no auditório do MASP. O texto é do britânico Robert Icke, que faz uma releitura contemporânea de Professor Bernhardi (1912), de Arthur Schnitzler.

Em uma história que propõe uma espécie de julgamento público, no qual diferentes visões sobre religião, ciência, sociedade e ética se entrelaçam a questões de identidade, etnia e gênero, A Médica estreia no dia 20 de junho, sexta-feira, às 20h, no auditório do MASP. O texto é do britânico Robert Icke, que faz uma releitura contemporânea de Professor Bernhardi (1912), de Arthur Schnitzler.
A montagem conta com direção de Nelson Baskerville, idealização da pesquisadora Rosalie Rahal Haddad, realização do Círculo de Atores e produção da SM Arte Cultura. A temporada tem sessões sextas e sábados, às 20h, e domingos, às 18h, até 24 de agosto. O elenco é formado por Clara Carvalho, Adriana Lessa, Anderson Müller, Cella Azevedo, César Mello, Chris Couto, Isabella Lemos, Kiko Marques, Luisa Silva, Sergio Mastropasqua e Thalles Cabral. O espetáculo estreou na Inglaterra e tem circulado pelo mundo em diversas produções realizadas em países como Holanda, Alemanha, Índia, Estados Unidos, Grécia, China e Peru.
Na trama, a Dra. Ruth Wolff é uma médica judia reconhecida que dirige um instituto especializado em pesquisas sobre o Alzheimer. Ela acaba se envolvendo em uma questão delicada ao impedir a entrada de um padre católico no quarto de uma adolescente que foi internada devido a um aborto mal realizado e que está prestes a morrer. A intenção do padre é aplicar a extrema-unção, mas a médica alega que a presença dele provocará tensão e ansiedade nos momentos finais da vida da jovem. O incidente toma grandes proporções e repercute amplamente.
A discussão entre a médica e o padre foi gravada e divulgada na internet. A protagonista começa a ser alvo de fortes reações por parte dos colegas do hospital, de grupos nas redes sociais e, por fim, seu caso chega à televisão. Como consequência, os patrocinadores ameaçam retirar o financiamento do instituto. A personagem se vê no centro de uma tempestade midiática e é confrontada em suas convicções.
Clara Carvalho é a responsável por viver a protagonista Dra. Ruth Wolff. “Ela é uma renomada médica, criadora desse instituto de pesquisa de alta tecnologia para a cura do Alzheimer. Ela tem um gesto maternal ao levar a adolescente ao hospital após o aborto, mas, ao proibir a entrada do padre, desencadeia uma série de discussões que envolvem a trama: fake news, racismo, antissemitismo, a questão de gênero, viralização nas redes sociais, haters. O texto passa por várias ramificações de assuntos que estão altamente em evidência”.
SERVIÇO
Local: Auditório do Masp
Temporada: 20 de junho a 24 de agosto, exceto dia 22/06 (domingo). Sextas e sábados às 20h, domingos às 18h. Classificação: 14 anos. Duração: 105 minutos. Capacidade: 344 lugares. Ingressos: Sextas: R$80 (inteira) – R$40 (meia) / Sábados e domingos: R$100 (inteira) – R$50 (meia).