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Abá e sua Banda | Crítica

Abá e sua Banda sabe falar de família, política e principalmente, sobre se encontrar e buscar seus sonhos.

Abá (Filipe Bragança) é um jovem príncipe cujo maior desejo é ser músico. Ele consegue escapar do castelo de seu pai sem ser reconhecido por ninguém. Quando conhece Ana (Carol Valença), uma jovem que toca bateria, ele percebe a oportunidade de formar uma banda ao lado de seu amigo de infância, Juca (Robson Nunes), um músico genial. É o primeiro passo par seguir o seu sonho de infância: tocar no Festival da Primavera.

É difícil não comparar Humberto Avelar (série animada Sítio do Picapau Amarelo) com Zootopia (2016), por termos uma sociedade baseada em algo, enquanto a Disney/Pixar fez uma sociedade baseada em animais, a animação nacional usa frutas para ‘montar sua sociedades, porém elas têm histórias completamente diferentes para contar, e eu prestaria bastante atenção em Abá.

A vida dupla do protagonista é bem explorada, seja pela voz de Felipe, ou pelos figurinos, detalhes e elementos ricos que envolvem toda a trama principal, com até mesmo a surpresa de termos política em uma história infantil.

O desenvolvimento pode até não surpreender, mas a forma com que vemos é perfeito, pois temos personagens carismáticos, conseguimos criar empatia com eles e acompanhamos para onde Abá irá.

Mesmo com o protagonismo do filho do rei, o power trio da banda é maravilhoso, não só por termos boa música, mas por saber balancear as personalidades dos personagens que têm opiniões diferentes, mas fazem uma boa união em sua banda.

A surpresa fica pelos conceitos políticos que a trama principal possui, seja para criticar o governo, traz as opiniões dos personagens, e aborda até conceitos democracia e monarquia, e ainda de uma forma que explica tudo a um público mais jovem.

E mesmo com sociedade de frutas, há detalhes no traço dos personagens, priorizando as cores e detalhes que cada uma deve ter, como sementes e até mesmo as ‘manchas’ que eles costumam ter, mesmo com elementos cartunescos e 2d, temos muitas riquezas de elementos gráficos. 

O protagonista tem sua vida dupla explorada e principalmente explorada; temos os detalhes de personalidade desenvolvidos, e o figurino que ele usa nestas trocas também é interessante, além de falar da perda da mãe que foi sua incentivadora para seguir na música e seu pai que quer um herdeiro.


A trama divertida e alegre, sabe transitar para momentos dramáticos e delicados, mesmo que não tenhamos grandes surpresas na condução, Abá e sua banda tem uma história para toda família, em uma ótima animação brasileira.

Nota: 5/5

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