Em um longa que consegue ser perfeito em tudo que propõe, Força Bruta: Punição mostra que a franquia continua com muito fôlego.

O quarto filme traz o submundo dos jogos ilegais online, tráfico de drogas e cibercrimes, expandindo o escopo da franquia e apresentando um desafio sem precedentes para o detetive Ma Seok-do (Don Lee) e sua equipe.
Essa trama funciona como uma nova história, ou seja, não há necessidade de se entender com os personagens que chegaram para a nova investigação. A equipe que resolve tudo na força bruta (desculpa o trocadilho) precisa resolver crimes digitais.
Há muito a ser explorado, e o roteiro é inteligente ao entender que há camadas de narrativas que precisam ser trocadas, para que novos temas apareceram ou que personagens, como o vilão deste filme, tenha um bom tempo de tela.

Com um filme plural, ele transita com facilidade pelas cenas de investigação, de ação e diálogos levemente dramáticos, dando a devida importância para cada momento, e mesmo sendo um filme curto, temos diversidade.
Novamente as cenas de ação são excelentes, bem coreografadas e com corte rápidos dando fluidez a elas, como dinamismo, usando a persona de Don Lee e do vilão (Baek Chang-gi) em ótimos combates, e fato do diretor Heo Myeong-haeng ter uma trajetória no gênero, facilita algumas escolhas.
Mesmo se excluirmos toda a ação, ainda temos um filme interessante, pois eles precisam montar toda uma investigação envolta dos crimes digitais, construir uma linha de operação para chegar aos culpados e ter que encontrar a melhor forma para resolver, e pela primeira vez, apenas a força não irá resolver.
Usar crimes digitais, principalmente cassinos, conversa bastante com o mundo de hoje, onde há pessoas perdendo dinheiro honesto para manter seu vício em apostas, e há pessoas ganhando dinheiro através deste processo.
Com isso temos uma equipe ‘à moda antiga’ que precisa se adequar para resolver o problema, com isso temos adições ao elenco interessantes para justamente ser o ponto de ligação entre as equipes, e novamente, temos bons personagens e interações.
O novo vilão além de ter habilidades físicas, sabe como utilizar seu poder para conquistar o que precisa, e o roteiro separa o filme em núcleos, para desenvolver em separado cada, e criar um clímax onde tudo irá se chocar.
Força Bruta pode até exagerar na força de seu protagonista, saindo de algo sobre humano em algumas cenas, porém consegue novamente colocar sentimentos em seu protagonista, como culpa, sensibilidade e empatia pela equipe. E este novo capítulo só mostrou que ainda há muito para trazer ao cinema.
Nota: 5/5
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