Cinema, Crítica de Filme

Parthenope – Os Amores De Nápoles | Crítica

Mesmo com um olhar masculino sobre a protagonista, temos uma história envolvente, esteticamente perfeita e fotografia impecável.

Crédito: Gianni Fiorito.

O filme explora a busca incessante de Parthenope por liberdade e amor em suas diversas formas. Desde romances arrebatadores até desilusões marcantes, a narrativa traça um panorama emocional complexo, refletindo os diferentes vínculos que moldam sua trajetória.

O longa captura a essência de Nápoles com tomadas longas e contemplativas, destacando a beleza encantadora da cidade. Planos abertos que permitem que o espectador conheça cada detalhe da cidade.

A trama principal é uma carta de amor à cidade de Nápoles, ele sabe como ninguém usar os locais para imprimir cada sentimento em cena, além de uma ótima fotografia que auxilia nas cenas da protagonista e nas relações dela com os homens.

Mesmo com uma protagonista mulher, exuberante e inteligente, o roteiro dá um olhar masculino a sua jornada, deixando muitas vezes, Parthenope sujeita a frases de efeito e momentos que não combinam com sua personalidade.

Crédito: Gianni Fiorito.

Nos momentos que temos a presença da protagonista, Celeste Dalla Porta sabe lidar com as camadas da protagonista jovem que precisa buscar o seu lugar na cidade e família e Stefania Sandrelli mostra toda a carreira construída por ela, onde foi fruto do seu próprio trabalho. 

A estética belíssima se sobrepõe a trama, o que é bom aqui, os lugares e planos ajudam a contar a história e compõem bem o vemos, mesmo que muitas vezes seja para valorizar a protagonista e os corpos de seus pretendentes. 

A estrutura não linear, com saltos temporais e memórias fragmentadas, enfatiza o caráter nostálgico da obra. Sorrentino opta por contar a história de forma sensorial, priorizando a atmosfera e os sentimentos da protagonista em detrimento de um enredo convencional.

A seleção musical reforça a sensação de nostalgia, com músicas italianas clássicas que dialogam com os sentimentos da protagonista e seu redor.

Parthenope – Os Amores de Nápoles é uma obra visualmente deslumbrante e emocionalmente evocativa, mas que pode não agradar a todos devido ao seu ritmo lento e estrutura fragmentada. Para os fãs do cinema de Sorrentino, é uma experiência sensorial rica, mas para aqueles que buscam uma narrativa mais tradicional, pode ser um desafio.

Nota: 4/5

Contato: naoparecemaseserio@gmail.com

Não Parece Mas É Sério

Youtube: Canal do Youtube – Não Parece Mas É Sério

Facebook: facebook.com/naoparecemaseserio

Instagram: @naoparecemaseserio

Um comentário em “Parthenope – Os Amores De Nápoles | Crítica”

Deixe um comentário