Cinema, Crítica de Filme

O Melhor Amigo | Crítica

Em um grande romance musical, O Melhor Amigo traz as reflexões dos tipos de amores e como lidar com cada um deles. 

Os relacionamentos, principalmente os amorosos, fazem parte da nossa vida, e cada um agrega alguma coisa em nossas vidas, sendo elas boas ou ruins. O diretor Allan Deberton (Pacarrete) traz em O Melhor Amigo justamente essas variações que passamos, mas com algo diferente aqui, vemos isso como um musical (E isso é maravilhoso aqui).

A trama mostra Lucas (Vinicius Teixeira) frustrado com seu atual relacionamento com Martin (Léo Bahia), que adora grandes declarações de amor, o jovem arquiteto Lucas decide viajar para espairecer. Ao chegar em Canoa Quebrada, no Ceará, ele reencontra uma antiga paixão de faculdade, o sedutor Felipe (Gabriel Fuentes). Entre questões mal resolvidas do passado e novas possibilidades para o futuro, Lucas embarca em uma jornada musical, capaz de revelar descobertas importantes sobre si mesmo.

Mesmo com a linearidade da trama, o roteiro do próprio diretor, com colaboração de Raul Damasceno, Otavio Chamorro e Pedro Karam, mostra como cada relacionamento teve a sua importância na vida do protagonista. E aliado a ótimos momentos musicais.

O desenvolvimento foca nessa relação entre os dois, desde os momentos de estranheza, aos encontros inusitados e quando eles falam de seus sentimentos. Além disso, temos toda a confusão mental que o protagonista, já que ele não sabe quais decisões tomar e acaba indo de acordo com o seu coração.

As transições entre as tramas, temos os ótimos momentos musicais, usando clássicos nacionais, as cenas demonstram carisma e conseguem imprimir o sentimentalismo daquele momento específico, com bons planos e usando os locais como um grande cenário.

A fotografia aproveita as locações para trazer tons quentes para as cenas, colorido para as apresentações no bar e nos números musicais, auxiliado pelos bons planos que o diretor coloca para aumentar o escopo.

Além das músicas e toda a aura dos anos 80 que o filme tem, temos as participações especiais de Gretchen (interpretando ela mesma), Cláudia Ohana e Mateus Carrieri, que mesmo com pouco tempo de tela, tem ótimas interações e são importantes na jornada do protagonista. 

A carga dramática é utilizada para mostrar os relacionamentos anteriores do protagonista e a construção do atual, porém temos bastante leveza na abordagem de cada um, com uma história que consegue trazer empatia ao espectador. E é interessante perceber como cada namorado do protagonista serve para mostrar algo, seja o que ama demais, a paixão antiga ou até mesmo os amores de verão ou de férias.

O elenco é excelente justamente por conseguir trazer essas nuances e camadas necessárias na narrativa principal, onde temos um excelente filme, bem estruturado e filmado, com ótimas histórias de amor, sentimental no ponto certo, e cenários de Canoa Quebrada exuberantes.

Nota: 5/5

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