Cinema, Crítica de Filme

Fé Para O Impossível | Crítica

Fé para o Impossível balancea sua carga dramática através do seu ótimo elenco

Crédito: Stella de Carvalho

Fé Para O Impossível conta a história real de Renee Murdoch (Vanessa Giácomo) que após ser atacada por um morador em situação de rua, fica em estado grave no hospital, onde os médicos dizem que o estado dela é irreversível e não há chance de melhora. 

O longa dirigido por Ernani Nunes traz a linearidade de fatos que aconteceram com ela, mas ele tem uma carga emocional alta, com poucos pontos de respiro, mas para a nossa sorte, temos um bom elenco que consegue mudar as emoções e agregar algo novo.

Mesmo com o foco em Philip Murdoch (Dan Stulbach), a transição de temas acontece quando ele muda pro elenco que faz os filhos do casal, onde o roteiro aproveita para explorar outros momentos, que vão desde a ingenuidade infantil, aos sentimentos de dor que os filhos mais velhos carregam. 

A troca entre os personagens, funciona em boa parte do filme, mas claro, que isso não ocorre por toda a trama principal, há cenas onde a carga emotiva não é bem suportada. 

Principalmente quando o filme precisa falar da última esperança em um caso delicado como de Renee, a fé de que tudo pode melhorar e do poder da oração sincera. Há alguns exageros que incomodam, mas há bons momentos, como quando o marido começa a contar a história da esposa na internet.

Crédito: Stella de Carvalho

Faltam pontos de respiro, em meio a tanta emoção que o filme incorpora desde seu primeiro ato, momentos como Philip tendo que cuidar da casa, crianças e ainda estar com sua esposa hospitalizada, poderiam ter mais espaço, do que suas pregações como pastor.

A fotografia traz cores quentes e frias, para esmiuçar os sentimentos ali presentes, porém quem está acostumado com séries médicas ou que passaram por momentos semelhantes, vai perceber alguns problemas de continuidade.

Isso também é afetado no corpo médico, onde eles estão fazendo o melhor pela paciente, e são interrompidos digamos assim, por palavras ligadas à fé. 

Os percalços que são apresentados ao espectador seguem claro, a linearidade dos fatos e a sequência de tratamentos pela Renee, na sua recuperação, e precisa que seja dessa forma, com os momentos bons misturados aos ruins.

Os erros no balanceamento também são salvos pelo elenco, que tem cenas interessantes e bons arcos dramáticos bem pontuados.

Com isso temos um resultado positivo, em meio a alguns exageros, mas ele consegue passar sua mensagem. 

Nota: 2/5

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