Cinema, Crítica de Filme

Viva a Vida | Crítica

Viva a Vida insere diversas jornadas, em um filme tocante e sensível.

Crédito: Raisa Verbickaya

O filme acompanha a jornada de Jéssica (Thati Lopes), uma jovem que perdeu a mãe quando criança e se tornou desiludida com relacionamentos, acreditando que é melhor viver sozinha para evitar decepções e sofrimentos. Ela tem uma rotina pacata e trabalha no antiquário do Seu Ulisses (Daniel Filho), até que sua vida vira de cabeça para baixo quando encontra na loja um medalhão idêntico ao seu, que ganhou de sua tia Raquel (Luisa Thiré). O artefato a leva até Gabriel (Rodrigo Simas), seu primo distante que, ao contrário dela, não sabe ficar sozinho. 

O drama que mistura comédia faz algo inusitado, insere uma jornada de transformação dentro de uma descoberta de um personagem com diversos arcos que são explorados pouco a pouco. 

Jéssica usa a viagem para Israel para se encontrar seu propósito, seu lugar no mundo, porém o roteiro usa esse ponto de partida para uma história maior. Vimos que não apenas ela será explorada, todos os personagens tem sua própria narrativa, com elementos para cada um. 

Um exemplo dessa diversidade de trama é a história de Ben (Jonas Bloch) que também está em Israel para se reencontrar, e reconquistar Hava (Regina Braga), que inicialmente parece apenas algo secundário, mas ele se torna protagonista do filme em alguns momentos.

Crédito: Raisa Verbickaya

Com essa troca de narrativas, temos boas atuações de todo grupo, que trocam boas cenas e elementos que vão sendo adicionados pelo ótimo roteiro de Natalia Klein, que entende quando algo precisa ganhar espaço ou diminuir.

A dupla protagonista além de trocas interessantes, tem seus próprios momentos, como a relação de Gabriel com a companheira Stephanie (Aline Dias), como os momentos de autoconhecimento de Jéssica.

A diretora Cris D’Amato (A Sogra Perfeita) trabalha bem os planos, sejam eles individuais, em dupla ou quando todos estão em cena; claro que as filmagens em Israel ajudam nessa construção narrativa.

Mesmo com diversas tramas, é um filme sobretudo leve e familiar, que o espectador consegue se conectar com os personagens e suas histórias; sejam eles coisas boas ou traumas que ficaram marcados.

Há uma diferença entre o tempo de tela de cada um, o que é algo esperado para um longa tão plural, mas o balanceamento e montagem superam isso, mantendo sempre o tom de comédia, com arcos dramáticos bem pontuados pela trama principal.

Nota: 4/5

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Viva a Vida é uma comédia, que vai te divertir, te emocionar e ainda trazer a família para o centro da história.

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