De uma forma inesperada e fora dos padrões, Aqui mostra como a passagem do tempo consegue ser dura, tocante e persistente.
Imagina que você vai fazer um filme sobre passagem do tempo, agora se imagine com um único desafio. Mostrar essa passagem do tempo a partir de um único ponto. Aqui de Robert Zemeckis é pensado para ser dessa forma.
Mesmo com o protagonismo de Tom Hanks e Robin Wright o filme irá mostrar a passagem do a partir de um ponto na história. Onde vemos o mesmo lugar por um século ao menos.
Além dos momentos históricos e do momento dos Estados Unidos pós guerra, o roteiro passa por momentos importantes a partir desse plano único.
Conforme os momentos passam e temos a visão de dentro da casa, a passagem do tempo fica mais pautada, já que conseguimos percebemos onde na história estamos localizados.
Hanks e sua esposa passam por muitos momentos de casal, como o desemprego, a chegada do primeiro filho, o envelhecimento dos pais e a vontade de ter sua própria casa.
Os avanços no tempo não são lineares, o filme constantemente muda de narrativa e o que quer contar naquele momento, com isso nos perdemos do principal, o casal referência
Além da montagem inigualável, os efeitos visuais são perfeitos nessa imersão. O rejuvenescimento dos atores para mostrar as diferentes passagens no tempo também são formidáveis.
Com isso lembrando de Aqui por dois motivos, o primeiro essa história contada de uma forma rara, a segunda, como o tempo passa sem percebemos e como ele é uma dádiva e ao mesmo tempo um martírio.
O grande marco acaba sendo a trama principal que fica, se tirarmos os efeitos e a ‘câmera posicionada’, a história comum de casal americano que passou por momentos históricos, como o pós guerra.
A experiência acaba maior que a própria história, como Avatar tem sido. Não é uma narrativa espetacular, mas como vemos é algo diferente e marcante.
Nota: 3/5
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