Em uma história intimista e com ótima fotografia, Agreste mostra um casal que apenas quer viver e sobreviver juntos.

Agreste mostra a história de um casal Etevaldo (Aury Porto) e Maria (Badu Morais) que fogem para tentar viver juntos, mas a calmaria que eles buscam, não vem com facilidade.
A fotografia é brilhante em mostrar todos esses trajetos em busca de não só uma vida melhor, mas de sobreviver nessa vida simples e sem pressões internas e externas.
A solidão dos dois é explorada na conversa que os dois precisam ter nestes diversos momentos e na necessidade de sempre estar atento ao redor.
A trama principal imerge o espectador, mesmo com as repetições de alguns arcos, há uma variedade de elementos, que com facilidade traz quem assiste para a jornada do casal protagonista.
A profundidade vem aos poucos, por precisar dar espaço aos dois nestes momentos, que o longa intercala momentos na vida dos dois e explica ao espectador como chegamos em cada momento.

O crescimento orgânico é estupendo, por ter alguns cuidados, separando até arcos dos protagonista fora do casal, com um bom momento de respiro quando eles encontram Valda (Luci Pereira) que transforma o filme em uma calmaria, que é bem vinda, que coloca um pouco de pertencimento ao invés de mostrar eles indo de um lugar ao outro.
Além da fotografia que usa a luz natural e as velas como um grande elemento de composição, o diretor Sérgio Roizenblit (O Milagre de Santa Luzia) mantém a cena perto quando temos um diálogo, e sabe quando afastar a câmera para manter a imensidade do local e como eles estão sozinhos e isolados.
Toda essa parte técnica, também pelas grandes atuações que carregam sentimentos, a química do casal e as diversas cargas dramáticas que vamos conhecendo pela jornada, trazendo um pequeno retrato de pessoas que querem viver juntos e estão dispostas a sempre seguir em frente.
Nota: 4/5
Contato: naoparecemaseserio@gmail.com
Youtube: Canal do Youtube – Não Parece Mas É Sério
Facebook: facebook.com/naoparecemaseserio
Instagram: @naoparecemaseserio
Um comentário em “Agreste | Crítica”