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Mouse Trap: A Diversão Agora é Outra | Crítica

Em um filme desastroso, sem nexo e narrativas.  Mouse Trap é a pior adaptação de um personagem conhecido para o terror.

Depois de diversos personagens que entraram em domínio público e foram adaptados para o terror; Em algum momento, um dos personagens mais conhecidos da cultura pop iria encontrar esse caminho eventualmente. Quando Steamboat Willie (1928) ficou disponível, era apenas uma questão de tempo, porém Mouse Trap: A Diversão Agora é Outra não segue nada que já produzido, e nesse caso, não é algo positivo.

No longa, Alex (Sophie McIntosh) trabalha em um fliperama e seus amigos resolvem fazer uma festa de aniversário surpresa no seu trabalho, porém um serial killer com a máscara de Mickey começa a matar um a um.

O roteiro de Simon Phillips (que também atua no filme) e Jaime Bailey não conseguem trazer uma história coerente, com sentido, e principalmente, um uso interessante de Mickey. O assassino é apenas uma máscara, o longa mal cita a animação e não trabalha isso quando as mortes começam.

O jogo de gato e rato (com o perdão do trocadilho) acaba sendo o único elemento interessante, por usar o fliperama e seus diversos ambientes, e como ele separa o elenco com arcos diferentes, há um dinamismo nas trocas de cenas, sem seguir muitas regras. 

Mesmo com uma abordagem que lembra os slashers dos anos 90 (há algumas citações inclusive), onde é um personagem por vez, seguindo algum erro cometido por ele, há boas trocas de arcos, com destaques pontuais de atuações, claro, que muitas são guiadas pelos estereótipos deles.

Há poderes sobrenaturais no assassino, mas como a trama não aprofunda essa origem e quais os limites, eles acabam sendo uma saída simples para momentos chave, do que realmente um mistério, de como ele apareceu no fliperama e consegue realizar os seus feitos com os amigos de Alex.

A linearidade de fatos é prejudicada por escolhas que não fazem sentido e não combinam com a construção de atmosfera, há muitas ações que não fazem sentido ao que vemos e pouco agregam à trama principal.


Em um mar de Ursinho Pooh: Sangue e Mel, Cinderela e Grinch que tem seus méritos seja por tentar algo, ou manter um pouco da fábula original, entretanto Mouse Trap não é nenhum desses casos, servindo apenas como exemplo de como não fazer uma adaptação de algo em domínio público.

Nota: 1/5

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