Cinema, Crítica de Filme

O Voo do Anjo | Crítica

Em uma conversa franca, densa e honesta, O Voo do Anjo mostra o poder da amizade e das boas relações humanas.

Crédito: Alberto Araújo

Traumas transformam vidas e modificam nossa forma de encarar os problemas, O Voo do Anjo escrito e dirigido por Alberto Araújo (Vazio Coração) trata destes momento; aqui temos a vida do professor aposentado Vítor Falcão (Othon Bastos) estava dentro da normalidade até o dia em que abriu a porta para o surpreendente Arthur (Emílio Orciollo Netto), vítima de um terrível trauma familiar.

A partir do encontro que não teve um final trágico, mostra a força de uma relação forte e que está sempre ao lado, em todos os momentos. A dupla protagonista vai a partir deste encontro, trilhar um caminho de confiança, descobertas e de companheirismo, esse último, o que os dois mais precisam neste momento.

Vitor mora com o filho (Gustavo Duque), um médico cirurgião plástico bem sucedido, em uma cobertura de alto padrão em Goiânia, mas a rotina os deixa afastados, e Arthur se afastou e se isolou após seu trauma familiar, com isso, a necessidade de uma boa relação interpessoal, se torna algo importante para ambos.

O longa desenvolve essa relação de uma forma lenta (mas consistente), onde conhecemos suas histórias de vida, família e como eles eram antes de se conhecerem, a trama se apoia claro, na dor de Arthur e abrir pontos importante, mas as duas histórias são importantes e agregam a sua forma.

A amizade que eles desenvolvem passam pelas ótimas atuações de Othon e Emílio, são personagens densos, cheio de camadas e verdades que buscam emocionar o espectador pelos diversos pontos da história que vamos assistindo.

Crédito: Beto Gerolineto

A linearidade aqui é um bom trunfo, pois temos diversos momentos na amizade deles, desde uma emergência médica, uma viagem a dois ou quando eles apenas colocam suas histórias de vida na mesa.

A história se passa em Goiânia, com isso temos a cidade e seus pontos famosos como um grande pano de fundo para essa história, ela é parte deles e como eles se sentem por estar nessa cidade por boa parte de suas vidas.

Mesmo com esse apoio de ambos os lados, o roteiro não suaviza a história, principalmente a de Arthur, ela traz a culpa, o ressentimento, e a sensação de vazio que uma perda familiar traz. Em excelentes cenas, temos a transmissão dos sentimentos que ele sente, e como seu amigo está lá para auxiliá-lo.

Há uma mudança de cargas e cenas para ajudar na transição de sentimentos, e o crescimento de ambos nas situações que vão ocorrendo, então não espere um filme cheio de tristeza, há momentos de alegria e de perseverança de ambos.

A jornada dos dois é de mudança, principalmente do professor ser o agente transformador de seu aluno.

Nota: 4/5

Contato: naoparecemaseserio@gmail.com

Não Parece Mas É Sério

Youtube: Canal do Youtube – Não Parece Mas É Sério

Facebook: facebook.com/naoparecemaseserio

Instagram: @naoparecemaseserio

Deixe um comentário