Cinema, Crítica de Filme

O Exorcismo | Crítica

Filme de terror com Russell Crowe é previsível e desperdiça seu potencial, mesmo com um bom elenco.

Crédito: Imagem Filmes

Dirigido por Joshua John Miller (Terror nos Bastidores), filho de Jason Miller, famoso papel do Padre Damien Karras em O Exorcista. Este filme tenta seguir os passos da carreira do pai, mas este terror é um fracasso.

O filme tenta equilibrar o terror com o drama familiar, mas falha em ambos. O enredo gira em torno de Russell Crowe (Gladiador), que apesar de seu talento, não consegue salvar o roteiro fraco e com diálogos forçados. 

Na trama, Anthony (Crowe) é um ator problemático com um passado turbulento envolvendo drogas, agora determinado a seguir um caminho de sobriedade. Enquanto grava um filme de terror, seu comportamento estranho e agressivo começa a despertar preocupações, especialmente em sua filha Jennifer (Samantha Mathis). Ela teme por uma recaída do pai, mas o que está por trás dessas mudanças pode ser algo ainda mais sinistro. Seu personagem, marcado por um trauma clerical, se torna vítima de uma possessão demoníaca, mas a execução dessa premissa é superficial e sem impacto.

O filme não apresenta uma história coerente, os eventos surgem sem conexão ou lógica. A trilha sonora de suspense é interessante, mas não se alinha com as cenas e cria uma falsa sensação de tensão. Não é possível sentir medo ou suspense real, apenas a ilusão proporcionada pela música. 

Crédito: Imagem Filmes

Miller tenta uma estética dos anos 90, mas a nostalgia não é suficiente para compensar a falta de originalidade e profundidade da trama. A direção é inconsistente, e falta intensidade. As tentativas de misturar gêneros resultam em uma narrativa confusa. As cenas de terror, repletas de clichês como portas rangendo e aparições demoníacas, são totalmente esperadas pelo espectador.

A relação entre pai e filha, que deveria ser o coração emocional do filme, é mal desenvolvida e não consegue gerar empatia no público. Embora as atuações sejam boas, o roteiro não dá espaço para algo convincente e levemente real.

Além disso, Miller faz várias críticas veladas às franquias e remakes de Hollywood, porém, a trama se apoia fortemente na popularidade e no legado deixado pelo seu pai, em um dos grandes filmes de terror já lançados. O resultado é um filme que, apesar de suas pretensões, acaba sendo mais um exemplo de como o cinema de terror pode falhar em entregar sustos genuínos e uma narrativa cativante.

A trama é um esforço mal sucedido de Joshua John Miller para deixar sua marca no cinema de terror. O filme desperdiça um elenco talentoso e uma premissa promissora, resultando em uma experiência esquecível e sem brilho.

Nota: 1/5

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