Cinema, Crítica de Filme

Máquina do Tempo | Crítica

A trama explora de forma inovadora o impacto da tecnologia na vida pessoal e na percepção da realidade, além de termos elementos visuais e dramáticos excelentes.

Dirigido por Andrew Legge (The Chronoscope), o longa britânico/irlândes, de maneira criativa e envolvente, aborda sobre viagem no tempo. Ambientado na década de 1940, no auge da Segunda Guerra Mundial,a trama gira em torno das irmãs órfãs Thom (Emma Appleton) e Martha (Stefanie Martini), que residem em uma grande e antiga mansão. Durante algumas pesquisas científicas, elas inventam LOLA, uma máquina do tempo capaz de receber transmissões do futuro, permitindo-lhes prever certos acontecimentos.

Thom utiliza LOLA para antecipar os ataques aéreos e emitir alertas anônimos pelo rádio, com isso, ganha o apelido de “O Anjo de Portobello”. Suas intervenções chamam a atenção do Exército Britânico, que irão persuadi-la a colaborar na mudança do curso da guerra. Porém, ao descobrirem que alguns de seus ídolos, como David Bowie e Bob Dylan, foram apagados do registro histórico, Thom e Martha entendem que fizeram algo errado.

A trama explora de forma inovadora o impacto da tecnologia na vida pessoal e na percepção da realidade. Legge utiliza uma narrativa cativante para imergir o espectador em um universo onde o tempo e a identidade são questionados de maneira intrigante. O enredo é bem estruturado, mantendo um ritmo que sustenta a tensão e a curiosidade ao longo do filme.

O filme faz uso de imagens de arquivo e atuações autênticas, criando um efeito criativo e surreal, que leva o espectador a questionar se está visualizando cenas reais ou algo criado. A reprodução em preto e branco é imersiva e realista. A narrativa instiga reflexões profundas sobre alguns acontecimentos da guerra.

A direção se destaca pela criação de uma atmosfera tanto fascinante quanto perturbadora. Ele equilibra de forma hábil a ciência e a ficção com o drama humano, resultando em uma obra intelectualmente estimulante e emocionalmente ressonante.

As atuações são um dos pontos fortes do filme, com os atores que possuem performances convincentes e profundas. Isso ajuda a explorar as complexidades dos personagens e suas interações, intensificando o impacto emocional da história e imergindo o espectador ainda mais no enredo.

A cinematografia e o design de produção também são destaques, com uma estética visual que complementa perfeitamente a atmosfera do filme. Cada elemento visual é cuidadosamente planejado, para apoiar a narrativa e melhorar a experiência do espectador.

“Lola” combina inovação e profundidade emocional de maneira eficaz. Andrew Legge traz um filme que não apenas entretém, mas também provoca reflexão sobre temas contemporâneos e futuros. É uma adição notável ao gênero e uma demonstração do talento do diretor em criar histórias que desafiam e envolvem o público.

Nota: 5/5

*Filme visto no Festival Filmes Incríveis

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