Bons combates e detalhes nos personagens, se perdem em diversos combates repetitivos e longos diálogos.

Baseado no mangá e anime criados por Gege Akutami, o anime hoje é um dos queridinhos do público, e um game baseado nele era esperado em algum momento. E neste caso, ele demorou a chegar.
O jogo é um arena fighter, algo comum em games baseados em anime, porém ele usa a cronologia da primeira temporada para contar sua história.
O jogo traz lutas de 2×2 com um total de 16 personagens jogáveis, sendo a maioria trazidos da primeira temporada e do filme “Jujutsu Kaizen 0”, o jogador vai desbloqueando esses personagens, skins e elementos conforme avança no modo história.
A trama segue os eventos da primeira temporada, em diálogos onde o jogador deve apenas avançar, sem cutscenes, ou interações. A parte cansativa e chata, são esses momentos, a sensação que se dá, é que a desenvolvedora focou nos combates e no visual dos personagens.
O visual é interessante, principalmente nos combates, preservando os poderes e habilidades de cada personagem. No modo história seguimos o protagonista do anime, e apenas no modo batalha podemos ter combates diferentes ou deixar a imaginação fluir, mas temos que desbloqueá-los primeiro.
Os combates são fluídos, e ao menos o estúdio soube explorar cada habilidade, sem parecer que estamos em alguma repetição. E mesmo sem um tutorial decente no início do game, o jogador consegue entender a mecânica, principalmente nas primeiras batalhas no modo história.

O problemas vem a seguir dessas primeiras batalhas, não pelo nível de dificuldade, e sim pelos objetivos da batalha, que muitas vezes não é apenas reduzir o nível de energia do inimigo, e sim realizar determinados golpes e especiais para finalizar o combate, o que algumas vezes acaba sendo frustrante.
Ao menos somos beneficiados por um cenário profundo, detalhista e com elementos que podem ser destruídos no combate. Há como se movimentar pelo cenário e escolher uma estratégia próxima ou longe do inimigo, há apenas cutscenes nos especiais.
Os personagens disponíveis são:
- Hanami
- Jogo
- Kento Nanami
- Mahito
- Maki Zen’in
- Megumi Fushiguro
- Nobara Kugisaki
- Panda
- Ryomen Sukuna
- Satoru Gojo
- Suguru Geto
- Toge Inumaki
- Yuji Itadori
- Yuta Okkotsu
Mesmo sendo poucos comparados a outros jogos de mesmo tema e segmento, há um cuidado de elaborar cada um, e deixar o jogador decidir nas batalhas, qual sua preferência, no modo história, demora um pouco para termos alguma liberdade de escolha.
A única similaridade fica nos golpes de curta, média e longa distância que todos possuem, e os jogadores decidem as combinações apenas. Como ‘invocar’ o especial também é similar a todos.
O game não auxilia no processo do jogador aprender comandos e elementos, ele é simplista em muitos momentos, e carece de um modo treinamento e tutorial em diversos momentos, principalmente pensando que o jogador deve executar alguns movimentos para finalizar o combate na história.
O fraco modo história

Seguir a história é acertado, pois tanto quem conhece o anime ou quem está experimentando os personagens pela primeira vez, irá entender os acontecimentos e as duplas e grupos que temos na primeira temporada.
O problema são as escolhas que a desenvolvedora fez na história conhecida, são diálogos comuns em ‘prints’ das principais cenas, com texto demais, onde o jogador só pode pular cada um, pelo menos, o game está em português.
As animações são apenas nos combates, não espere nada fora disso.
Testando a paciência do jogador
As habilidades diferentes e a liberação de novos conteúdos conforme avançamos no modo história, não deixam as coisas mais fáceis para o jogador, pois ele tem pequenas missões durante os combates, e às vezes, só queremos moer alguém na porrada, e não pensar em um estratégia para passar de fase.
A repetição incomoda bastante, atrapalha a experiência, principalmente em vilões importantes da primeira temporada.
Tentando recompensar o jogador
O multiplayer é a única hora que o jogador se sente mais à vontade para tentar novas habilidades, o game inclusive tenta imaginar diálogos entre os personagens antes da batalha. O problema fica restrito quando é um encontro que pouco ocorreu nos animes, neste momento temos algo genérico.
A satisfação em ter combates inusitados recompensa o jogador de alguma forma, e neste modo é possível sair das amarras do modo história.
Conclusão
Não é um game transformador, ou que é um produto de Jujutsu Kaisen pensando nos fãs e no hype que ele tem causado na cultura pop atualmente. Não é um jogo AAA, mas ele não é algo descartável, por justamente saber separar os personagens e seguir uma trama conhecida, que os fãs vão reconhecer e cuidado com os detalhes deles são acima da média.
É um jogo que entretém, mas esquecível depois que você completa os objetivos. Talvez os DLC já prometidos pela Bandai mudem algo, principalmente nos excessos de diálogos e nas partes artificiais.
JUJUTSU KAISEN CURSED CLASH já está disponível para PlayStation®5, PlayStation®4, Xbox Series X|S, Xbox One, Nintendo Switch™ e PC via Steam®.
2 comentários em “Jujutsu Kaisen Cursed Clash | Review”