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A Maldição de Cinderela | Crítica

Em uma releitura do conto original, A Maldição da Cinderela tem história macabra, com sangue e violência, com a protagonista buscando vingança, e isso é interessante de se ver.

Crédito: A2 filmes

Novamente temos um personagem conhecido que recebe uma releitura de terror, e diferente dos últimos filmes como Ursinho Pooh: Sangue e Mel 2 (2024) e Alice no País das Trevas (2023) que busca outra história, aqui temos tudo do mesmo jeito, ela sendo a empregada/escrava da madrasta e irmãs, o príncipe e o baile que promete mudar o rumo da sua vida. 

Ao sofrer a humilhação final no baile sob o olhar de todos, ela pede com o seu último desejo, a oportunidade de se vingar de todos. E o sapatinho de cristal será sua arma contra todos. 

A diretora Louisa Warren filma como se estivéssemos assistindo o live action, mostrando dura relação de Cinderela com a madrasta e irmãs, de como ela está sozinha e não vê perspectivas de futuro, e a visita do príncipe para o baile, se torna um grande momento para ela.

O slasher demora a acontecer, já que o roteiro quer esclarecer as relações e as interações entre os personagens, para enfim começar a matança de todos presentes no baile.

Como isso podemos perceber as camadas da protagonista feita por Kelly Rian Sanson (Ursinho Pooh: Sangue e Mel 2) já que ela precisa dar vazão ao sofrimento de Cinderela, lidar com este ambiente e ainda ser traída no que deveria ser o seu momento de glória. E quando ela entra no modo assassina, percebemos a raiva e o ódio em seu olhar.

Crédito: A2 filmes

Os elogios ao roteiro e atuação não podem ser transmitidos aos efeitos do filme, que parecem saídos de filmes de baixíssimo orçamento, com visuais estranhos e máscaras que escondem a feição do ator e atriz, por mais que sejam bons personagens secundários, a parte técnica é estranha, para dizer o mínimo.

Mesmo com a demora de transformar o filme que está próximo do original, em um slasher com muitas mortes, a forma crescente é magnífica, seja por começar com os personagens menores e ir escalonando, e deixando Cinderela aproveitar cada morte.

Novamente os efeitos visuais atrapalham a experiência, muitos parecem apenas colagens em cima da pele da atriz e falta sangue, porém o fato do sapatinho de cristal ser algo presente em quase toda morte foi um bom detalhe do roteiro.

O fato do longa seguir os personagens presente no conto original, não temos nenhuma surpresa da ordem dos fatos ou da matança, mesmo que a origem dela através do desejo da fada madrinha, apenas nos atos finais o longa busca algo diferente para tentar a continuidade da história em novos produtos. 

O fato de não se distanciar da história mais conhecida da Cinderela é o grande trunfo dessa releitura, pois não precisa de tempo para explicar os novos rumos dos personagens, e como estão todos, a base está aqui, a vingança é o único fato que não esperamos.

Não é nenhum primor técnico, mas funciona bem e entrega algo diferente e interessante ao menos.

Nota: 2/5

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