Cinema, Crítica de Filme

Assassino por Acaso | Crítica

Além de brincar com os gêneros, o filme aproveita a desenvoltura de Glen Powell em uma história tensa e divertida ao mesmo tempo.

Crédito: Diamond Films

No filme, Gary Johnson (Glen Powell) trabalha para a polícia e finge ser um assassino de aluguel para prender aqueles que o contratam, até que ele quebra o protocolo para tentar salvar uma mulher desesperada.

Inicialmente parece um filme onde o personagem tem dois empregos bem diferentes, e precisa ter a disciplina, vontade e ganância de ser bem sucedido em ambos, porém o filme dirigido por Richard Linklater (Boyhood) sabe os momentos de brincar com isso, e entende quando precisa ser sério.

Isso também se dá pelo carisma de Glen Powell (Top Gun: Maverick) que além de ser um professor comum de filosofia, precisa impor personalidade em cada novo personagem ou assassino de aluguel que aparece em cena, ele transita entre as cenas com facilidade.

O roteiro escrito pelo diretor tem muito a desenvolver, já que precisa explicar muito e ainda trazer um interesse amoroso ao professor, enquanto balanceia as cenas dele como assassino. Então ele encontra um caminho simples e interessante, as aulas de Gary. Ele usa os assuntos para transitar na vida dele e seu segundo emprego.

A paixão avassaladora por Madison (Adria Arjona) são rápidos e são pouco desenvolvidos, apenas quando a relação deles é estremecida pelo ex perigoso, conseguimos perceber a química entre os dois, mesmo que seja um homem protegendo uma mulher em perigo.

Cr. Brian Roedel/Netflix © 2024

As situações que vemos na trama principal são brincadeiras com os gêneros, temos cenas para nos divertirmos, já que as personas criadas são divertidas, há os momentos de envolvimento, típicos de uma comédia romântica e ainda a tensão quando ela e o ex descobrem a outra fonte de renda de Gary.

A montagem soube manter este filme sem problemas, já que a trama fala por si, e não há a necessidade de grandes explicações, ou momentos estranhos para justificar ritmo e troca, tudo funciona bem.

O casal protagonista pode até demorar para acontecer, pois apenas quando realmente conhecemos seu antigo relacionamento e o quanto ele é perigoso vimos o quanto os dois podem ser bons em cena.

Mesmo falando de temas pesados, como matar a ex, não há a sensação de perigo real em nenhum momento, por que há sempre um alívio cômico nesses momentos críticos, sem desenvolver o perigo real.

O filme também não se envolve no mérito de quais nos preceitos de se prender alguém que apenas tentou contato com um assassino de aluguel, o longa não é sobre isso, então não espere aprofundamento aqui e em outros momentos.

O foco é a pura diversão e deixar o próprio Gary explicar seus métodos, seja nas suas aulas, e deixar seus personagens falarem por si é ótimo. Assassino por Acaso é simples e funcional, agradando diversos tipos de públicos.

Nota: 4/5

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