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Mallandro, o errado que deu certo | Crítica

Mallandro, o errado que deu certo passeia pela história do comunicador, e consegue fazer o espectador rir, chorar e principalmente, se divertir.

©FÁBIO BOUZAS, abc

A vida de um artista, principalmente um comediante passa por diversas etapas, com reviravoltas, onde ele está em cima e outros momentos em baixa, buscando a reinvenção, e Mallandro quer ser novamente o orgulho de seus filhos, que estão junto com ele nessa jornada de encontrar um novo caminho.

Escrito e dirigido por Marco Antonio de Carvalho ele adapta histórias que ocorreram com Mallandro em momentos da sua vida, dramatizando em outros, mas não deixa a linearidade de fatos de lado, principalmente toda a energia que Sergio possui em cena.

E por ser um longa sobre Mallandro, ou seja, ele interpretando ele mesmo, se prepare para uma overdose de Glú-glú, ié-ié!, porta dos desesperados e tantos outros momentos que estão intimamente ligados a Sergio, e não conseguimos ver nenhuma pessoa fazendo o que ele faz.

Este excesso que poderia ser um problema, porém é balanceado pelas cenas, como a ausência deles nos atos dramáticos, trazendo Mallandro para outros momentos, explorando camadas dele mesmo.

O longa também fala dos problemas que a personalidade de Sérgio causam, como pedirem seus bordões em um velório, ou acharem que estão em uma pegadinha, quando ele tenta uma grana como motorista de aplicativo.

©FÁBIO BOUZAS, abc

A estrela de Mallandro brilha por todo filme, com facilidade, seja pelo seu humor característico, e pelo cuidado do roteiro que sabe exatamente o que precisa trazer para aquela cena.

Os filhos que são sua referência, porto seguro e motivo de superação personificados por Marianna Alexandre (Mila) e Guilherme Garcia (Lucca) são o apoio de Mallandro nos momentos difíceis e acompanham o pai na sua reerguida, e como eles tem personalidades diferentes, as interações com o pai divergem e conversam com a trama principal. 

Como Mallandro é conhecido por muita gente, fique de olho nas participações especiais que este filme possui, como Xuxa. Muitas delas, parecem inofensivas que são apenas pequenas participações, mas a maioria divertem e estão bem colocadas em momentos inesperados.

A jornada de resignação não tem nenhuma surpresa, pois sabemos que ele irá conseguir, o que acaba surpreendendo aqui, são as ordens e as escolhas de Sergio para melhorar de vida, temos piloto de programa, comerciais, venda de roupas e realities shows pelos atos, e consegue manter o espectador na trama, por que mesmo que ele saiba que o longa se encaminha para um final feliz, a ordem dos fatos faz o filme fluir bem. 

O drama mesmo que pontuado é o trunfo de Mallandro, já que temos um outro lado dele nesse filme, o que se emociona quando nada dá certo, o paizão, e o que perservera, sem precisar de um bordão para estes momentos.

Por mais que este filme tenha muito de Sérgio Mallandro, com seus bordões levados a um limite, a trajetória não cansa o espectador, e é ótimo ve-lo de volta aos cinemas.

Nota: 3/5

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