Longa de terror tem a premissa de abordar violação de freiras no meio religioso

Dirigido por Michael Mohan (The Voyeurs), que entrega um filme com uma proposta interessante sobre a visão religiosa, porém, se perde em alguns momentos
Na trama, acompanhamos a história da irmã Cecília (Sidney Sweeney) uma americana, que irá ingressar em um convento na Itália, pois que sua paróquia foi fechada devido poucos frequentadores.
Embora a protagonista aparente ter um passado normal ou comum, ela conta que sobreviveu a um acidente quando criança, onde caiu em um lago congelado e havia ficado presa. Ao sobreviver, ela acredita que Deus tem um plano para ela, e quando ela misteriosamente aparece grávida apesar de ser virgem, o padre Sal (Álvaro Morte) e o cardeal (Giorgio Colangeli) querem fazê-la acreditar que isso foi um milagre do divino, assim como aconteceu com Maria, mãe de Jesus.
Conforme o tempo de estadia no convento passa, Cecília não deixa de notar algumas coisas estranhas no local, inclusive o fato das consultas médicas sempre ocorrerem por lá e nunca precisar ir ao hospital.
Ao descobrir que está totalmente presa naquele lugar, a protagonista tenta escapar, e aí tem a completa certeza de que os representantes religiosos daquele lugar não são quem parece, e o que deveria ser uma gravidez milagrosa, não passou de uma violação corporal.
Cecília, nos minutos finais da obra, é levada ao seu limite, tanto física quanto psicologicamente, tomada pela raiva, ela se torna irreconhecível, parecendo outra pessoa, com sangue escorrendo pelo rosto enquanto grita desesperadamente com ódio em sua voz.

A cena final, se destaca na obra, deve seu impacto à grande performance de atuação. Com a câmera focada em seu rosto o tempo todo, o público que curte o gênero de terror é capaz de compreender o momento que remete ao filme O Bebê de Rosemary (1968).
Sydney Sweeney e Álvaro Morte são o ponto alto do filme, se dedicam aos seus personagens com uma intensidade impressionante. Eles fazem o roteiro mediano ser um pouco mais agradável, além do que, Sweeney demonstrou, que além de protagonista de comédias românticas, também possui um talento notável para o papel de protagonista de terror.
Vale lembrar que Imaculada só chegou às telonas por conta de Sydney Sweeny. Ela fez o teste para o longa em 2014, quando tinha 16 anos, mas o projeto não rolou, até a atriz comprar os direitos para filmá-lo. Chamou Mohan com quem trabalhou em “The Voyeurs” (disponível no Prime Vídeo) e iniciou a produção.
Embora tenha excelentes atuações, o enredo é confuso, e fica no meio do muro se parte para explicações mais religiosas ou psicológicas, e esse meio termo deixa o espectador confuso com a proposta escolhida e atrapalha no desenvolvimento dos personagens.
Possui jumpscares excessivos e genéricos, que perdem a essência de surpreender o espectador para sentir um susto inesperado. Como experiência de suspense, o filme funciona, mas para o gênero de terror teria que ser feitas algumas melhorias no roteiro.
Em resumo, vale a pena assistir para conferir ótimas atuações, mas se você procura um filme de terror religioso que entregue medo, esse filme não é opção.
Nota: 3/5
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