Em um filme fofo, divertido e leve. Morando com Crush é uma história para toda a família.

Se você ama alguém secretamente, ou contou apenas para algumas pessoas, você tem um ou uma crush. E seu objetivo é simples, tentar fazer ele ou ela te notar para avançar alguma etapa, mas quando você acha que finalmente vai mudar de status, o crush começa a morar com você.
No filme, Luana (Giulia Benite) se apaixona à primeira vista por Hugo (Vitor Figueiredo) quando ele é transferido para sua escola, mas não tem coragem para investir no crush. Ela mora com o pai, Fábio (Marcos Pasquim), que desde que perdeu sua esposa não consegue engatar em nenhum relacionamento sério. Quando Hugo convida Luana para um date nas férias parece que as coisas estão melhorando para ela. E a maré de azar no amor também dá sinais de ter acabado para Fábio quando ele se apaixona por Antônia (Carina Sacchelli), sua colega de trabalho. Mas a nova namorada do pai de Luana também é… a mãe de Hugo.
A história dirigida por Hsu Chien (De Repente Miss!) e escrita por Sylvio Gonçalves (S.O.S – Mulheres ao Mar) pode ser explicada em um adjetivo, fofo. A trama que parece complexa e rápida em seu primeiro ato, desacelera ao chegarmos na nova casa, e vamos entendendo como essas relações vão se desenrolando.
Além dos núcleos dos pais e protagonistas, o filme também tem bons personagens secundários carismáticos que mantém a trama em seu ritmo e seguindo um caminho envolvente. Os irmãos compostos por Júlia Olliver (Priscila), Ryancarlos de Oliveira (Edu) e Sara Alves (Tetê) são pontos primordiais para os atos seguintes, e servem para diversos motivos, com bom aproveitamento dos atores e subtramas.

O roteiro também explora a personalidade dos quatro na nova casa e rotina, trazendo pontos importantes, como as brigas de casal, as tarefas de casa e rotina, de uma forma leve e que pode fazer sentido, mesmo que os adultos são os aventureiros e dispostos a tudo, enquanto os jovens preferem ponderar suas ações para manter as aparências.
Os temas são plurais aqui, seja na descoberta do amor entre os dois, os adultos que buscam se entender, os ciúmes de fora que quer destruir o relacionamento, mas tudo tem seu tempo e sua forma de acontecer aqui.
Por ser um comédia romântica mais jovem, digamos assim, os clichês são diferentes, mas seguem a cartilha do gênero, com seus arcos dramáticos (Guilia tem um ótima cena, inclusive), pontos de alívios cômicos e uma história que se sustenta bem.
Morando com o Crush é um filme para a família, não só por ser leve e divertido, mas por falar das novas famílias que se formam ao longo do caminho, mantendo o respeito, a cumplicidade e as novas formas de amor.
Nota: 3/5
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