Teatro

Manhattan | Crítica

Com uma história criativa e elenco de peso, Manhattan é escolha acertada para quem gosta de bom teatro.

Crédito: Tiago Mendes

Na romantizada Nova York dos anos 50 mora o famoso roteirista de cinema Sr. George Williams. Pressionado pelos produtores para a entrega de um roteiro de um filme inédito, o escritor precisa ainda de muita paciência para receber os diversos artistas que o procuram todos os dias em busca de um papel no novo filme. 

O texto original de Paulo Emílio Lisboa une elementos do teatro e do cinema em uma história empolgante e envolvente, que surpreende pela criatividade.

O personagem principal é livremente inspirado em Tennessee Williams, dramaturgo norte-americano, vencedor do Pulitzer de Teatro, famoso por obras como “Um Bonde Chamado Desejo”, “Gata em Telhado de Zinco Quente”, entre outros.

Interpretado por Anderson Di Rizzi (Êta Mundo Bom!), Sr. Williams já é um personagem muito bem construído pela dramaturgia, mas que ganha nuances ainda mais profundas com o trabalho do ator. Ele consegue caminhar por diferentes emoções, sem perder a essência durante toda a peça. A cada cena que passa, o público se conecta mais com Sr. Williams. 

O elenco é formado também por Letícia Birkheuer (Cindy), Cynthia Falabella (Emily), Priscila Sol (Dayse) e ainda pelo próprio Paulo Emílio Lisboa (John Puccini). Todos os atores encaram os papéis com verdade e sensibilidade, entregando personagens sinceros e muito bem sincronizados com o todo. 

Crédito: Tiago Mendes

Com direção de Maurício Guilherme, a peça impressiona ainda pela qualidade da produção, com uma cenografia inteligente, que ocupa muito bem o espaço do palco; um desenho de luz, que conduz o olhar do público; figurinos que representam época e a personalidade de cada personagem; e trilha sonora que marca muito bem os ambientes e momentos da narrativa.

Em Manhattan você encontra o melhor do teatro brasileiro em uma produção que encanta no começo, envolve no meio e surpreende no final. 

NOTA: 5/5

Serviço

Manhattan, de Paulo Emílio Lisboa

Temporada: 10 de maio a 28 de julho

Sextas, às 21h; Sábados, às 20h; Domingos, às 18h 

Teatro Nair Bello – Shopping Frei Caneca – Rua Frei Caneca, 569, 3º Piso, Consolação – Ingressos aqui

Ingressos: R$ 100
Capacidade: 200 lugares

Classificação: 16 anos

Duração: 80 minutos

Acessibilidade: Teatro acessível a cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. 

Contato: naoparecemaseserio@gmail.com

Não Parece Mas É Sério

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