Cinema, Crítica de Filme

Amigos Imaginários | Crítica

Com personagens criativos e visual deslumbrante, Amigos Imaginários é um filme para crianças que já cresceram

Cailey Fleming (Bea) e Steve Carell (Blue). Crédito: Paramount Pictures

Pare por um segundo e pense: Você já teve um amigo imaginário? Provavelmente, se você foi criança, a resposta é sim. Agora tente lembrar como ele era: alto, baixo, colorido, uma pessoa, um animal, uma mistura de vários elementos? Amigos imaginários são únicos e particulares, a única coisa que eles têm em comum é que apenas seus criadores podem vê-los. Você deve ter vivido muitas aventuras com ele, porém, com o passar do tempo, esse amigo foi esquecido e deixou de fazer parte de você. 

Agora imagine se alguém conseguisse enxergar os amigos imaginários de todas as pessoas. É o que acontece com Bea (Cailey Fleming). O único que entende seu dom é Cal (Ryan Reynolds), com quem tem uma relação tumultuada, mas a leva ao mundo dos MIGS (como são chamados os Amigos Imaginários) com a missão de reconecta-los com suas crianças, agora adultas.

Com roteiro e direção de John Krasinski (Um Lugar Silencioso), que também faz parte do elenco, Amigos Imaginários é um filme divertido com uma proposta interessante que conecta adultos e crianças. 

Os MIGS são o melhor do filme. Cada um dos amigos imaginários parece ter saído da mente de uma criança diferente, dada a profundidade da construção de cada um dos personagens, desde as características físicas, até as personalidades. É o caso de Blue (Steve Carell) e Blossom (Phoebe Waller-Bridge), personagens que participam de toda a história.

Ryan Reynolds e Cailey Fleming. Crédito: Paramount Pictures

Ryan Reynolds se destaca no filme, com uma atuação impecável, que dá as mãos para o público e caminha conosco por toda a história. Alan S. Kim que dá vida a Benjamin, um garoto que se torna amigo de Bea. Embora apareça em poucas cenas, traz brilho para o filme e encanta o público. 

O visual é deslumbrante, com efeitos especiais que dão um toque mágico ao filme, porém, deixa a desejar no roteiro, que apresenta muitos elementos narrativos e não consegue trabalhar com todos eles, deixando algumas pontas soltas. Um exemplo, é a relação da protagonista Bea com seu pai, interpretado pelo próprio John Krasinski. Os dois personagens são fortes e têm uma bonita relação de amizade e parceria que poderia ter sido aprofundada.

Amigos Imaginários é um abraço ao seu coração, que vai te reconectar com a sua criança interior e te fazer ver o mundo de maneira mais leve. 

Nota: 4/5

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