Filme distópico sobre eutanásia mostra a ansiedade causada pelo envelhecimento. Confira a crítica.
Dirigido por Chie Hayakawa (Jûnen: Ten Years Japan), que aborda uma temática polêmica, a eutanásia em pessoas idosas.A trama conta que no Japão estão acontecendo vários crimes de ódio contra pessoas mais velhas, então criam um procedimento que se chama Plano 75.
Pessoas que tiverem 75 anos ou mais tem a opção de escolher se querem passar pelo procedimento de eutanásia, em casos positivos, há conversas durante sete dias para confirmar a descisão do cidadão ou cidadã, Caso continue certos da escolha, há uma recompensa de 100 mil iens, além de cuidados pós morte do participante.
Até então o longa traz como se tudo fosse perfeito, afinal era tudo uma escolha da pessoa se iria participar ou não desse procedimento, e até então os que participavam era devido ao ódio contra eles.
Michi (Baishō Chieko) e Yukio (Takao Taka), são duas pessoas que aceitam entrar no Plano 75 e conforme vão passando pelo procedimento nos mostram que as coisas não são bem como parecem e toda questão do ódio contra pessoas mais velhas é mais profunda.
A obra nos mostra pessoas ansiosas e com receio de envelhecimento, além de toda questão capitalista que trata idosos como um empecilho para o crescimento financeiro do país.
Há detalhes espalhados pela obra, como Maria (Stefanie Arianne), que cuida dos idosos na parte geriátrica, é uma imigrante das Filipinas, o que mostra como este tipo de empregado está indesejado no país.
A diretora mostra aspectos de uma distopia que deixa o espectador apreensivo e reflexivo. O longa tem uma fotografia cativante e o jogo de câmera é colocado de uma forma muito convincente para aproximar o espectador dos personagens. A única ressalva são alguns diálogos e momentos arrastados que possuem um tempo de tela acima do esperado.
No geral é um filme distópico que vai deixar o espectador com um aperto no coração, reflexivo e chocado com a forma que o longa lida com diversos temas polêmicos,.
Nota: 4/5
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