Depois da Morte tenta um viés científico, mas o foco são as experiências e algumas coincidências nelas, em um formato documentário dentro do esperado.

Através da reencenação de experiências reais de vida após a morte, escritores, médicos, cientistas e sobreviventes contam o que sabem sobre a maior questão da humanidade.
A direção e roteiro de Stephen Gray (Discovering Heaven) segue um caminho seguro, de trazer um personagem, que quando ele começa a sua história, há uma encenação do ocorrido e vamos ouvindo sua experiência. E a montagem busca as similaridades dos ocorridos de outras histórias reais.
Mesmo com um viés religioso, o longa busca trazer a ciência para explicar o que é possível, e tentar trazer as explicações, mas como há variações do que vemos, ela vai aos poucos perdendo espaço e começa a falar de ligação com o divino.
Não há nada tecnicamente inovador, mas há uma clara preocupação em explicar a experiência e procurar pontos de encaixe entre as história para uma melhor continuidade, nada estupendo, mas funciona.

A aura documentário prevalece por toda a cena, seja pelos planos, a apresentação dos personagens e os especialistas e organizações que parecem e vão sendo citadas ao longa da narrativa, mas são temas religiosos a todo momento.
Isso também se percebe na tentativa de trazer a ciência, ela aparece, explica até onde é possível, sai de cena em algumas histórias e retorna quando se faz necessária, não há apontamentos de dedos, sem certo e errado.
Depois da Morte não é um primor, mas serve para quem quer entender o tema e conhecer história reais sobre ele, e apenas isso, como se fosse um documentário sobre um ecossistema, ele faz o que tem que fazer e encerra sua jornada, com um começo, meio e fim definidos e montados.
Nota: 2/5
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