Cinema, Crítica de Filme

Licença Para Enlouquecer | Crítica

Licença Para Enlouquecer tem um trio protagonista tão divertido que suaviza as lembranças da pior parte da pandemia.

(Crédito: Bruno Carvalho)

A pandemia de Covid-19 foi impactante para todos de formas diferentes, sejam aqueles que perderam seus empregos, tiveram seus projetos adiados ou até mesmo se separaram. E Licença Para Enlouquecer juntou essas histórias para algo divertido e trazer aquele sentimento de redescoberta. 

O trio formado por Danielle Winits, Mônica Carvalho e Michele Muniz é intenso e ao mesmo tempo divertido, por justamente trazer três histórias que fazem sentido dentro do lockdown da pandemia.

Claro que como o foco é elas, o filme acaba não abordando alguns detalhes, como sempre mostrar o distanciamento social, uso de álcool gel e máscaras, e notícias com o número de casos e mortes, mas como o filme apenas é fixado nessa época, fazemos um pouco de vista grossa. 

A química do trio é perfeita, personalidades que fazem o espectador se ligar a elas, com facilidade, já que podemos reconhecer as amigas nas protagonistas. 

(Crédito: Bruno Carvalho)

Por boa parte da história se passar em Maragogi (Alagoas) o filme se apressa para chegar ao local, dando inicialmente pouca importância para a vida pandêmica, com exceção de Carlos (Nelson Freitas) que é um ponto central entre elas, com algo a acrescentar. 

Com uma locação como Maragogi, é claro, que somos alimentados com diversos planos mostrando a exuberância natural, do local que diversas vezes no filme é comparado ao Caribe. 

Ao entrar neste paraíso, temos um novo núcleo composto por Alaor (Henri Castelli) e Nahimana (Luiza Tomé), que agrega a trama, trazendo novos elementos, explorando as protagonistas com novos arcos. 

Essa libertação de tentar um recomeço e novos horizontes, tem alguns exageros, mas o roteiro tem a preocupação de trazer as protagonistas de volta, seja por choques de realidade ou relembrando as relações do passado. 

A direção de Hsu Chien (Um Dia Cinco Estrelas) busca relações e planos próximos para trazer as personagens ao espectador e deixar a câmera aberta para as paisagens. 

O roteiro pode até ter algumas saídas rápidas, diálogos pouco explicativos e cometer alguns erros pandêmicos, porém foca no que tem de melhor, que é o trio protagonista, que mesmo heterogêneas em personalidades e escolhas de vida, funcionam bem juntas, que lidam bem com as qualidades e defeitos de cada uma, estando sempre presente uma na vida da outra, seja para um conselho ou um sacode bem dado.

Nota:3/5

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