Cinema, Crítica de Filme

Alice no País do Terror | Crítica

Alice usa os personagens icônicos de uma forma inesperada, mesmo com algumas repetições.

Crédito: A2 filmes

Em Alice no Pais Das Trevas parece inicialmente mais um filme de terror baseado em personagens conhecidos que estão em domínio público, mas temos algumas ideias interessantes no longa dirigido por Richard John Taylor.

A trama mostra a jovem Alice (Lizzy Willis) sua tia idosa em um palacete de sua família, um local chamado Wonderland. No entanto, eventos cada vez mais misteriosos e inesperados começam a se desenrolar ali, ao mesmo tempo em que Alice conhece uma porção de personagens estranhos que vivem na mansão. Em pouco tempo, a jovem percebe que o terror está apenas começando.

Mesmo com o nome Alice, ela não é a personagem do livro, e sim uma mulher que recebeu este nome em homenagem a ele, então a história usa os elementos de uma forma diferente do que esperamos, o que faz este filme se distanciar dos longas que estão adaptando personagens ao terror após eles entrarem em domínio público.

A trama inicialmente busca trazer a amizade entre neta e avó, elas tentam se reconectar após a tragédia que envolve Alice. E a forma com que a matriarca encontra é ler a história de Alice para ela, já que a neta não conhece o livro de onde vem seu nome.

Quando temos enfim a atmosfera comum do gênero, temos alguns elementos interessantes, já que quando Alice alucina depois do chá da avó, que ela diz que é para melhorar sua saúde. Temos os personagens de Lewis Carroll conversando com Alice a cada noite.

Crédito: A2 filmes

E nessas interações individuais há o terror exagerado, com sangue, deixando a violência para os diálogos, mas há um cuidado para manter as características de cada um, porém o roteiro usa estes momentos para adicionar elementos e tentar ajudar Alice a sair deste estado.

Inclusive a vilã ou a rainha de copas é representada por sua avó, e ao vencê-la em sonho, há a transformação da trama e percebemos que essa originalidade se perde por justamente repetir a dinâmica entre a protagonista entre personagens.

A atmosfera e fotografia combinam com o filme, mas ele tem problemas com a caracterização de alguns personagens, principalmente os animais, que parecem que saíram de um cosplay mal feito, ao menos os “humanos” funcionam melhor.

A dinâmica entre elas é preenchida por diversas cenas, com isso temos interações que trocam de sentimentos, e escalonam conforme o filme avança entre seus atos, principalmente quando entendemos o distanciamento entre elas.

Alice No País das Trevas não é um grande terror, mas o fato de sair do marasmo de adaptações de terror de personagens, já é algo positivo.

NOTA: 2/5

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