Os novos episódios de X-Men mostram que a série continua relevante com seus temas, e com um grupo unido e forte pronto pra tudo. Tudo mesmo.
Depois de cinco temporadas que foram a porta de entrada para muitas pessoas para o grupo X-Men (eu que vos escrevo também), os novos episódios dos heróis, continuam mostrando a força deles, e como as histórias são ótimas demonstrar seus poderes, mas como eles têm que lidar com o preconceito e não serem aceitos pela sociedade considerada normal.
Aqui temos dois momentos iniciais, seja para quem já acompanhou a série, que continua a partir da ‘perda’ de Charles Xavier no final da última temporada, mas o primeiro episódio principalmente, está preocupado com os novos também, fazendo as devidas explicações, e mostrando o grupo formado, trazendo suas características e habilidades.
Além de Ciclope tentando ser o novo líder, o grupo encontra o mutante brasileiro Mancha Solar (Roberto da Costa) que está ligado a tecnologia Sentinela que foi um dos grandes problemas do grupo na última temporada.
A união já estabelecida, é o grande trunfo das ótimas batalhas que vemos, pois cada um sabe como proceder e ajudar o grupo em combate. O grupo principal tem seus poderes explorados e ficam perfeitos.
Mesmo com a modernidade das animações, há um cuidado em preservar o traço original, que era feito à mão pelos animadores. Essa estrutura foi apenas atualizada para uma qualidade visual atual, mas não perde a essência em nenhuma cena. A nova abertura é outro bom exemplo, que além da trilha icônica, manteve tudo como era.
Com a ausência de Xavier, Magneto sai da posição de antagonista, para uma nova posição de líder, para se redimir do que fez, mas no que foi apresentado, mostra que o mutante continua poderoso e pronto para fazer da força, sua aliada para o convencimento.
Outro personagem que pode ser o destaque das novas aventuras é Jean Grey e seu filho com Scott, Nathan. Além de Nathan Summers, ser o Cable e ter um arco no futuro; muitos rumores apontavam a Jean mostrada no material de marketing, não seria a Jean original ou que ela sofreria algo grave após o nascimento do filho. É prematuro afirmar algo, mas o caminho parece ter sido apontado (e vocês viram que uma Jean com o uniforme da Fênix na abertura?)
Os temas que sempre foram pertinentes nas histórias dos X-Men continuam como um elenco forte e primordial na nova trama, novamente, os mutantes são tratados como a escória da humanidade e que devem ser isolados e considerados perigosos.
A série usa os poderes como um pressuposto para trazer o preconceito e xenofobia para a tela, e conversar de como as pessoas têm medo do diferente e do que ela, sociedade, considera como normal ou tradicional.
As trilhas dos próximos foram apenas apontadas neste começo, mas podemos dizer que a série retorna, respeitando o material original, que se modernizou onde é possível, tecnicamente falando, mas não perdeu seu charme, força e relevância, mesmo com a Marvel lançando novas séries animadas.
Nota: 4/5
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