A animação que está concorrendo ao Oscar 2024 traz uma imersão visual incrível e chamativa, além de deixar em aberto a real história do filme para o espectador criar sua própria teoria.

Dirigido por Hayao Miyazaki (A Viagem de Chihiro / Meu amigo Totoro) e baseado no livro de Genzaburo Yoshino de 1937, a nova animação do Studio Ghibli chega aos cinemas brasileiros oficialmente dia 22 de fevereiro, porém com algumas sessões de pré-estreia antecipadas a partir do dia 10.
Luca Padovan empresta a voz ao personagem principal, Mahito Maki, um adolescente que se muda para uma nova casa após perder sua mãe em um incêndio e deve se acostumar a nova vida com sua madrasta (coincidentemente, irmã de sua mãe). Porém, pouco tempo depois de chegar ao novo local, coisas estranhas começam a acontecer e através de uma garça misteriosa, Mahito é levado para uma espécie de dobra no tempo que afeta diretamente o que acontece no mundo real.
É inegável que esta animação é visualmente encantadora e impecavelmente bem trabalhada, representando bem o Japão no Oscar deste ano, porém o roteiro por vezes se perde em tanta “magia” e mistério que são descobertos neste novo mundo pelo protagonista, trazendo dúvidas ao telespectador, que pode se perder tentando encontrar o contexto do filme.

Este é um grande exemplo de animação que envolve fantasia e aventura, além de trazer reflexões sobre a vida e o que acontece após a morte, tornando-se uma jornada pela espiritualidade e a descoberta de um novo mundo para um adolescente que se sentia tão sozinho e de repente é visto como um sucessor daquele lugar vasto de magia e importância para o mundo em que vivia.
Contando também com as vozes de Dave Bautista (Parakeet King), Willem Dafoe (Noble Pelican), Robert Pattinson (Gray Heron), Florence Pugh (Kiriko) e Karen Fukuhara (Lady Himi), esta animação pode ser a última de Hayao Miyazaki, que já está com 83 anos e não mostrou interesse em construir mais uma história.
No geral, o filme é confuso, complexo, aberto a interpretações, profundamente encantador e visualmente mágico; podendo agradar todas as gerações e gerar teorias para sempre.
Nota: 4/5
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