Gato Galáctico traz aventura e magia para um filme para toda a família, sem perder a essência do protagonista. Confira a crítica completa.

No filme, Roni (Gato Galactico) e seus amigos se juntam para salvar uma cidade misteriosa de um perigoso vilão. A aventura, repleta de grandes cenas de ação e efeitos especiais, também levará o herói a saber mais sobre o seu passado.
Novamente o filme pensa em uma aventura solo do protagonista, onde ele precisa resolver um mistério, mas dessa vez o roteiro traz a família e o passado do próprio personagem principal para a construção da trama.
A atmosfera na cidade fictícia também é algo a ser explorada, já que vamos descobrindo os enigmas junto com Roni, enquanto ele tenta entender onde está e por que o seu relógio é valioso.
A imersão funciona através dos bons cenários, personagens secundários e principalmente algo que justifique o que acontece, fazendo jus a uma boa aventura infanto juvenil, e com fácil aproveitamento, principalmente quem conhece o trabalho do Gato na internet.
A grande novidade fica pelo seu vilão, que insere elementos de terror com crescimento e importante para o desenvolvimento da trama. O gênero em si, é algo raro para o apresentador, mas tudo funciona bem, e não assusta o público infantil.

Estruturalmente o filme progride sem surpresas, e avança sem grandes rodeios, principalmente se tratando de aventura com um item mágico, e uma amizade nutrida entre o protagonista e as crianças.
As crianças feitas por Erick Torres e Luiza Mezadri são diferentes e se complementam conforme vemos a relação entre os dois. A construção deste núcleo é gradual, e mantém o núcleo familiar construído no primeiro ato.
Há muitos personagens caricatos, incluindo vilão, que mesmo com os exageros, funcionam para a história e sabem cativar o público a sua forma, e entretêm com segurança sem grandes esforços.
Há a falta de momento de desolação, ou de que nada pode dar certo, mas é aqui que o longa perde a essência da aventura e se entrega momentos sem explicações, tentando se recuperar nos atos finais.
Ele tenta trazer a importância do começo do filme, do protagonista procurar um lugar para se encaixar com os seus pais, e ter a lembrança dessa cidade pequena, porém o longa não faz de uma forma condizente e dentro da atmosfera criada.
Essas escolhas também se dão pelo ritmo acelerado do longa, que precisa sempre adicionar e lidar com algo novo de alguma forma na sequência, para um filme infantil há seus méritos, porém deixa o longa sem uma cena memorável ou momento que busque a emoção dos personagens.
O Gato Galáctico acerta em algumas escolhas, e faz uma trama interessante pensando em seu público, e mesmo com alguns problemas em atos individuais, temos um bom filme para a família em mãos, podendo até ser uma opção para a família que não conhece o youtuber e apenas busca uma fonte de entretenimento para diversas idades.
Nota: 3/5
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