Cinema, Crítica de Filme

Argylle – O Superespião | Crítica

O filme não se leva a sério, sendo muito mais uma comédia de fim de noite do que de fato um filme de ação. Confira a crítica completa.

Crédito: Universal Pictures

O filme estrelado por Bryce Dallas Howard (trilogia Jurassic World) e Sam Rockwell (A Espera de um Milagre) foi muito divulgado como se Henry Cavill (The Witcher) fosse o protagonista, sendo que na verdade ele é apenas um coadjuvante da história. Assim como aconteceu com Dua Lipa (Barbie) e John Cena (Velozes e Furiosos), que estão em todos os pôsteres e divulgações e acabam tendo pouquíssimos minutos de tela.

A trama se desenrola quando a protagonista Elly Conway (Bryce) descobre que a história de seus livros de sucesso, sobre um agente fictício chamado Argylle, estão de fato acontecendo no mundo real, e agora sem preparo algum ela se vê envolvida nessa teia de segredos e assassinatos.

Dirigido por Matthew Vaughn, famoso pela franquia Kingsman, o filme ainda coloca uma cena pós-créditos que interliga esses dois universos, com Louis Partridge (Enola Holmes) em destaque.

e para d: Sam Rockwell como Aiden e Bryce Dallas Howard como Elly Conway

Um grande alívio cômico da trama foi o gatinho Alfie (Chip, na vida real), que é na verdade o próprio gato do diretor Matthew, que após fazer testes frustrados com “gatos atores”, decidiu levar o próprio gatinho pra produção ao perceber que ele ficava mais relaxado e obediente diante das câmeras.

Spoilers a seguir (VOCÊ FOI AVISADO!)


A grande reviravolta está quando descobrimos que Elly na verdade se chama Rachel e era uma espiã experiente, porém acabou perdendo a memória após um acidente provocado pelos rivais e agora toda sua nova vida foi manipulada por eles, que queriam apenas usa-lá no plano deles para obter um pen-drive com informações privilegiadas.

O maior erro do filme está em tentar colocar várias histórias e vários plot twists dentro de uma só, com personagens praticamente imortais que ressurgem mesmo quando são baleados fatalmente, utilizando uma explicação quase inadmissível que o próprio filme satiriza, além de cenas que nem sempre conseguem ser engraçadas e acabam sendo apenas bizarras, com um toque de vergonha alheia.

No fim, descobrimos que a própria Elly/Rachel é o agente Argylle, sendo que seus livros eram apenas um reflexo de suas memórias inconscientes, e Aidan (Sam) era seu parceiro romântico antes do acidente, que fingiu não conhece-lá para evitar um gatilho muito forte em sua mente.

Apesar de ter sim seus momentos bons e super divertidos, no geral o filme contém efeitos especiais de qualidade questionável e um roteiro confuso, o que pode decepcionar o telespectador, mesmo tendo a faca e o queijo na mão (elenco de peso e um suposto orçamento de US$ 200 milhões).

Nota: 3/5

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