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Bizarros Peixes das Fossas Abissais | Crítica

Bizarros Peixes da Fossas Abissais leva a palavra bizarro e diversão para outro nível, que encanta com bons personagens e história. Confira a crítica completa.

Uma mulher com esdrúxulos superpoderes (Natália Lage), uma tartaruga com transtorno obsessivo-compulsivo (Rodrigo Santoro) e uma nuvem com incontinência pluviométrica (Guilherme Briggs) em uma insólita jornada até as profundezas do oceano. E o diretor Marão usa esses personagens de uma forma que impressiona em vários quesitos.

A trama parece não conexa, por precisarmos de tempo para conhecermos os personagens e como eles irão se relacionar, e entendemos que o ‘bizarro’ no título não é apenas para os peixes na fossa abissal, mas para vários desenvolvimentos de narrativa.

O diretor Marão não economiza no nonsense, que traz diversos alívios, e algumas situações que em uma animação funciona melhor, como as frases de efeito da mulher para invocar seus poderes (minha bunda é um gorila), e toda a maluquice que estamos assistindo. 

E manter toda essa trama fora do eixo, é um desafio grandioso, que faz com que temos uma animação divertida, que consegue entreter e ainda ter uma mensagem de amor e companheirismo entre avô e neta.

Há muitos excessos, que o espectador precisa se acostumar, e embarcar na loucura proposta, e quando ele entende que quanto menos ele buscar sentido, melhor será a sua jornada, e sua conexão com o trio protagonista.

Eles que parecem diferentes, tem seus motivos explicados, e as vozes não caricatas escolhidas, trazem o peso das emoções e do que eles sentem a cada momento, e eles funcionam bem em tela.

E as fossas abissais que estão no título, são o ápice do traço da animação, que lembram desenhos, mas a forma com que vemos na tela, as proporções dos peixes, seus detalhes anatômicos e formas bizarras, mostrando que a teoria da evolução segue por caminhos tortuosos, é magnânimo. 

A animação, mesmo com os pontos fora da curva, é presa aos desafios do trio protagonista que pouco florescem seus objetivos. Mesmo com toda a loucura, temos uma história presa e concisa, com objetivos de personagens claro.

As cores e traços que tem aqueles detalhes, como se tivessem sido desenhados naqueles momentos, e o diretor usa as diferenças visuais entre os personagens para explorar os tamanhos e personalidades.

É curioso o fato da animação conseguir divertir, mesmo com uma história que mistura tantos elementos, o balanceamento entre os alívios cômicos, as frases sem sentido e de efeito, além de pequenas lições de moral da tartaruga. Uma grata surpresa.

Bizarros Peixes da Fossas Abissais é para os amantes de uma história fora dos padrões, mas aqui, temos uma fonte de entretenimento e narrativa acima da média, que tem bons personagens e sabe contar uma trama, mesmo com as suas loucuras. 

Nota: 4/5

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