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Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo | Crítica

Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo flerta com fantasia e o terror com uma história levemente madura e aventureira. Confira a crítica completa.

As aventuras de Turma da Mônica Jovem trouxeram novos elementos, principalmente fantasia e tramas que a turma clássica não trazia nas suas histórias. E o novo filme vai exatamente por esse caminho.

No novo longa, o novo elenco está indo para o ensino médio e logo nas primeiras cenas percebemos que a trama traz temas mais adultos, digamos assim, e seu desenvolvimento como jovens, todos eles tem novas preocupações, como a descoberta de um novo amor ou se encaixar na sua nova realidade.

Por ter uma nova abordagem, o novo filme não se parece com nada que já foi desenvolvido com os personagens de Maurício de Sousa, o que neste caso, é ótimo, pensando no hate que novo elenco recebeu após a revelação do novo filme.

O elenco formado por Sophia Valverde (Mônica), Xande Valois (Cebola), Bianca Paiva (Magali), Theo Salomão (Cascão) e Carol Roberto (Milena) não só trazem novos olhares para a turma do limoeiro, como incorporam novas camadas, pois o longa traz a fantasia, o sobrenatural e um pouco do terror infanto-juvenil para contar a sua história. 

A trama de aventura e descoberta do mistério que envolve o museu da cidade, percorre sem grandes problemas, ou reviravoltas surpreendentes, o que acaba sendo interessante é como vamos percebendo as novas personalidades da turma jovem, seja pelo controle de impulsividade da Mônica, as habilidade na cozinha da Magali, Cascão não ter problema com água, e Cebola não falar errado, mas continua fazendo seus planos infalíveis. 

A fantasia que faz parte dos quadrinhos, aqui é através do folclore local, que é chamado de Cabeça de Balde, que captura suas vítimas, deixando seus corpos catatônicos, enquanto procura novos alvos. 

O roteiro balanceia o paranormal pelas características dos personagens, sejam os que acreditam, e os que sentem medo, com coerência, mantendo a trama nos eixos sem precisar de esforço.

As atuações do grupo principal encantam em alguns momentos, por ter essas camadas de um jovem no ensino médio, e outros momentos lidando com o problema ou vilão do filme.

O mesmo não dá para dizer do elenco secundário, apenas Mateus Solano (Licurgo), Eliana Fonseca (Tia Nena) conseguem ser relevantes para a trama principal, o restante podem ter sido prejudicados por ser o primeiro filme, de uma quadrilogia.

Não é um longa memorável dos personagens de Maurício de Sousa, mas o fato dele sempre ficar preso a suas ideias e motivos, e não mudar, é elogiável, mostra que o filme tem um propósito a seguir.

A aventura é bem contada, estrutura interessante, ‘pé no chão’ em alguns atos, mas falta corpo para algo que impacte o espectador, mesmo que a cena pós créditos indique apenas o vilão do próximo longa, vamos aguardar.

Nota: 3/5

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